Set
16
2017

Paralisação na UFF teve panfletagens e defesa da retomada da luta unificada

Mobilizações contra projetos de Temer devem voltar a crescer, dizem manifestantes durante panfletagem nas Barcas, que precedeu ida ao ato no Rio

Panfletagem nas Barcas, no dia 14 de setembro Panfletagem nas Barcas, no dia 14 de setembro / Luiz Fernando Nabuco - Aduff-SSind

DA REDAÇÃO DA ADUFF

Docentes, técnico-administrativos e estudantes da UFF em Niterói estiveram concentrados, desde o início da tarde dessa quinta-feira, nas Estação das Barcas, na Praça Araribóia. Eles panfletaram e explicaram à sociedade os motivos da paralisação das atividades por 24 horas nesse 14 de setembro – dia nacional de luta contra a retirada de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários de Temer e dos governos estaduais e municipais.

O ato em Niterói antecede a manifestação unificada que acontecerá na Candelária, ao final da tarde, reunindo diferentes categorias de trabalhadores.

Pela manhã, houve panfletagem nos campi do Gragoatá, Praia Vermelha e Valonguinho – bastante esvaziados nesse dia de paralisação e mobilização construído no âmbito do Fórum de Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), que conta com a participação de sindicatos e de centrais sindicais.

"A manifestação hoje ocorre em um momento impar da nossa conjuntura; houve desmobilização depois de 30 de junho, mas percebemos que tem crescido a resistência ao governo de Temer", disse Marinalva Oliveira, professora da UFF em Volta Redonda, sobre o dia de protestos. Ela avaliou que houve boa adesão à paralisação na UFF e destacou a unidade entre técnicos, docentes e estudantes.

Para Pedro Rosa, da coordenação-geral do Sintuff, as notícias do cenário político nos últimos dias foram bombásticas. Ele se refere principalmente ao fato de relatório da Polícia Federal apontar indícios de que o presidente Michel Temer lidera esquema milionário de corrupção envolvendo os principais nomes de seu partido, entre ministros e deputados do PMDB.

Pedro Rosa acredita que diante de tantos escândalos e de tamanha indignação popular, recomecem os calendários de luta visando o enfraquecimento do governo. "As manifestações do primeiro semestre encurralaram o governo Temer, que não conseguiu concluir a votação da reforma da Previdência. Sabemos que a greve geral de 30 de junho foi esvaziada porque houve um acordão entre governo e algumas centrais sindicais; Temer se manteve no poder, mas as novas denúncias comprovam que esse governo não tem condições de continuar", disse.

Para Caio Sepúlveda, estudante de Ciências Sociais e representante do DCE, é preciso ocupar as ruas até o governo cair. "O quadrilhão do PMDB não tem respaldo popular", disse, pouco antes de seguir para o ato no Rio.

Outros campi da UFF fora da sede realizam atividades ao longo do dia, a exemplo de Santo Antônio de Pádua, Volta Redonda e Campos dos Goytacazes.

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Aline Pereira

 
Panfletagem nas Barcas, no dia 14 de setembro Panfletagem nas Barcas, no dia 14 de setembro / Luiz Fernando Nabuco - Aduff-SSind

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