A Aduff-SSind estará representada na reunião do Setor das Federais do Andes-SN, que ocorre nesta sexta-feira, dia 13 de junho, em Brasília, por Raul Nunes - docente da Faculdade de Educação e secretário-geral da seção sindical.
A reunião acontece em meio à semana de mobilização do funcionalismo público e da educação em Brasília, com ações por uma verdadeira recomposição orçamentária para as Universidades, Institutos e Colégios federais; por negociação efetiva nos Grupos de Trabalho formados por representantes do Andes-SN, do Sinasefe e da Fasubra com o governo federal; pela publicação imediata das portarias cumprindo o Acordo de Greve; e contra o controle de ponto: revogação da instrução normativa nº 71.
"Na quarta-feira (11), tivemos a plenária da Educação Federal. Nesta quinta (12), houve um ato em frente ao MEC com a defesa da nossa pauta de reivindicações. "Tivemos o acompanhamento da Mesa Nacional Permanente de Negociação do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) com o funcionalismo público federal", explicou.
De acordo com Raul, que também participa da vigília na capital brasileira, a mesa de negociação focou no debate sobre a reforma administrativa, ignorando os pontos de pauta sobre o cumprimento dos acordos de greve, assinado há quase um ano.
"Amanhã, na reunião do setor das federais, teremos uma pauta bem complexa, com um repasse sobre o que houve na mesa de negociação com o governo. Depois, discutiremos formas de mobilização para o cumprimento de pontos do acordo de greve que ainda não foram cumpridos, como a regulamentação da carreira EBTT", antecipou o sindicalista.
Segundo Raul, haverá ainda um debate sobre a questão no orçamento das universidades. "Essa é uma luta, na verdade, desde a greve. Reivindicávamos maior financiamento para a educação federal, porque já estávamos operando com poucos recursos para honrar os compromissos mensais das Universidades, a exemplo do que tem ocorrido na UFF", pontou.
O professor afirmou que a Instrução Normativa nº71 e o tema do auxílio transporte também serão assunto em discussão. "Queremos fazer um mapeamento dos casos em que tem havido controle de ponto para docentes e ver como mobilizar coletivamente a categoria para revogar essa Instrução Normativa", disse.
De acordo com o diretor da Aduff-SSind, o Setor das Federais deve ainda problematizar o tema da Reforma Administrativa, medida que preocupa a categoria, já que o governo tem indicado uma disposição para prosseguir com essa proposta que afeta ao conjunto do funcionalismo. "No nosso projeto de lei de implementação dos acordos de greve, o MGI incluiu um ponto que era de reforma administrativa. E o Congresso aproveitou a oportunidade para criar um GT sobre a questão, incitado pelo deputado José Trovão (PL). No comando desse GT, estará o Pedro Paulo Teixeira (PSD), que é um deputado bastante fiscalista e conhecido no Rio de Janeiro", analisou.
"Temos muita preocupação com o que vai sair desse GT, ainda mais no momento em que o Congresso – em parceria com a mídia, com o empresariado e com o mercado financeiro – está acirrando as demandas por controle de gastos, por flexibilização. Há toda uma agenda neoliberal que a gente já conhece e está por trás dessa questão da reforma administrativa, que precisa ser combatida pelo funcionalismo público", complementou o Raul Nunes.
Da Redação da Aduff
Foto: Eline Luz/Andes-SN







