Conhecer as demandas dos colegas e estar mais próximo à categoria, descentralizando as ações da Aduff-SSind para além de Niterói. Esses são as objetivos do Sindicato Itinerante, que na tarde desta quinta-feira (5) esteve no campus da UFF em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense.
Pela diretoria, estiveram Maria Cecília Castro, presidente do sindicato, e os professores Raul Nunes e Antônio Esposito. A assessoria jurídica da Aduff foi representada por Gabriela Frenke, que realizou o atendimento personalizado aos docentes da unidade. Pela imprensa, estiveram Vanessa Lira e Aline Pereira.
Foi a primeira visita da diretoria, da assessoria jurídica e da imprensa da seção sindical ao novo campus da UFF em Campos dos Goytacazes, quando dois novos prédios foram entregues no início deste ano, com o primeiro semestre letivo ocorrendo já na unidade. A inauguração oficial aconteceu em 14 de abril, com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; do Ministro da Educação, Camilo Santana; além de outros parlamentares.
Durante o Sindicato Itinerante, os dirigentes da Aduff visitaram as novas instalações, que atendem aos cursos de graduação em Ciências Econômicas, Ciências Sociais, Geografia, História, Psicologia e Serviço Social, além das licenciaturas nas áreas de Ciências Sociais, Geografia e História. Os diretores do sindicato compareceram aos gabinetes dos e das docentes para convidá-los (as) para uma roda de conversa, ao cair da tarde, na Tenda, localizada entre os dois prédios.
O bate papo abordou temas como a conjuntura política, as condições de trabalho e o papel do sindicato frente à multicampia, com reforço no papel da comunicação sindical, a evasão de discentes, a filiação de novos e novas professoras ao sindicato.
Professores da unidade lamentaram a ausência de integrantes da UFF de Campos dos Goytacazes no Conselho de Representantes da Aduff, já que não houve candidatura no pleito realizado em 2024 ou na eleição complementar ocorrida há poucos meses. Enfatizaram a necessidade de representação sindical frente ao cenário político de ascenso da extrema-direita no país e no mundo.
Os e as docentes da UFF em Campos dos Goytacazes também comentaram sobre o baixo quantitativo de técnicos e técnicas-administrativas para atender às demandas da unidade. Mencionaram ainda as disputas que envolvem a ocupação da nova sede e da antiga sede, na rua do José do Patrocínio. Há quem defenda que as pós-graduações fiquem no campus antigo e que apenas a graduação esteja alocada no novo espaço – proposta que provocou desacordo entre setores da comunidade universitária.
Os dirigentes da Aduff comentaram os desafios de estar à frente de uma seção sindical, sobretudo porque eles não têm liberação das atividades profissionais. Seguem ministrando aulas, pesquisando, atuando em extensão e em orientação de trabalhos acadêmicos. Explicaram o desejo de levar a Aduff para além de Niterói, com a intenção de realizar visitas e atividades em outras unidades da UFF para além da sede. Convidaram ainda os professores e as professoras a se juntarem às atividades dos Grupos de Trabalho do sindicato, cujas reuniões têm sido retomadas de forma periódica. Houve ainda um momento de confraternização, quando professores e professoras foram convidadas para um lanche com a direção do sindicato.
Acima, diretores da Aduff participam do lanche de confraternização com docentes da unidade
Para Alessandra Genu, professora do Curso de Serviço Social da UFF Campos dos Goytacazes, é muito importante a presença do sindicato em todos os campi, em uma instituição que está presente em tantas cidades. "Precisamos fortalecer o corpo docente a partir da presença da Aduff", disse.
Segundo Álvaro Martins Siqueira, professor do curso de Economia, o Sindicato Itinerante é uma atividade muito necessária para criar vínculos entre a comunidade e a Aduff-SSind. Ele, que é ex-aluno da UFF em Campos e foi recentemente aprovado no concurso para docente, sinalizou a relevância da Universidade para o Norte Fluminense, com destaque para pesquisa, ensino e extensão de qualidade. "A UFF se destaca como a instituição com maior número de cursos dentro das Humanidades aqui na região. Conseguimos estabelecer diálogo com as preocupações regionais e sociais", concluiu.
Álvaro é um dos professores que participou de gravações do projeto UFF. Doc – iniciativa que visa possibilitar à comunidade acadêmica conhecer a UFF por seus e suas docentes. Os diálogos tecidos na UFF em Campos dos Goytacazes e na UFF em Angra dos Reis, dois campi fora de sede que já receberam o Sindicato Itinerante em 2025, serão publicizados. A ideia do projeto UFF. Doc é abarcar todos os campi e institutos da Universidade, dando conta da sua dimensão multicampi. Não perca!
Da Redação da Aduff