Abr
08
2025

Com tendas nos campi para entrega de brindes, Aduff reforça ações para aproximar sindicato e docentes

Nesta reportagem, professores e professoras de diversos campi avaliam a iniciativa da seção sindical e abordam a importância da sindicalização. Tendas e bancas foram instaladas durante uma semana nos campi de Niterói e fora da sede

Brindes distribuídos pela Aduff: bloco de capa dura e caneta com ponta touch Brindes distribuídos pela Aduff: bloco de capa dura e caneta com ponta touch

A iniciativa da Diretoria da Aduff-SSind de instalar tendas e bancas nos campi de Niterói e de fora da sede para entrega dos brindes e oportunidade de sindicalização foi bem recebida pela categoria docente na Universidade Federal Fluminense.

Professoras e professores ouvidos pela reportagem elogiaram a presença da seção sindical deste modo nos campi e sugeriram que movimentos como esse se repitam.

Na Praia Vermelha, em Niterói, a barraquinha chamou a atenção da comunidade universitária. Alguns estudantes recém-chegados na graduação, por exemplo, quiseram saber o que é a Associação de Docentes da UFF e perguntaram sobre a atuação do sindicato.

O docente André Ripoll, do Departamento de Design e Tecnologia da UFF, destacou positivamente a iniciativa. "Acho fundamentais essas visitas para mostrar que o sindicato existe aqui neste campus; para que as pessoas se aproximem do sindicato também, pois a Aduff cumpre um papel muito importante, tanto de assessoria, quanto para assuntos da vida docente, na luta pelos direitos da categoria", comentou.

O professor afirmou que o movimento sindical é um aspecto fundamental da vida profissional, já que a instituição se organiza a partir de diferentes campi. Por isso, André considerou interessante o sindicato se fazer presente em todos eles. "Eu dou aula aqui na Praia Vermelha e quase nunca eu vou ao Gragoatá. Do mesmo modo, o pessoal do Gragoatá não vem pra cá. E há também um perfil dos cursos que acabam associados aos diferentes campi. Então, a minha percepção é a de que o sindicato acaba tendo mais penetração e mais proximidade com algumas comunidades e não com outras", pontuou.

Nos pontos instalados da Aduff nos campi, professoras e professores sindicalizados que ainda não haviam recebido a caderneta e a caneta confeccionadas pela seção sindical puderam pegá-los. Também foi oferecido, a depender da disponibilidade, a camiseta "Sou Docente Antirracista" e "Em Defesa da Educação Pública".

‘Conhecer melhor o Sindicato’

Iniciando a sua vida profissional na Universidade, o professor Jeremias Campos Simões, do curso de Enfermagem de Rio das Ostras, aproveitou para se filiar à seção sindical. “A iniciativa é muito bem-vinda. Como recém-concursado na UFF, vejo essa ação como importante oportunidade para conhecer melhor o sindicato e seus serviços. A filiação à Aduff representa não apenas um canal de suporte para entender os direitos e deveres da carreira docente, mas também um meio essencial de fortalecer a luta coletiva por melhores condições de trabalho, valorização salarial e defesa da universidade pública”, disse.

Acima, campus da UFF em Rio das Ostras

Com 33 anos de docência na Universidade e igual período de sindicalizado na Aduff, o professor Napoleão Miranda, do Departamento de Sociologia, no Gragoatá, em Niterói, também recebeu bem a presença das tendas, quando passava pelo campus do Valonguinho. Avaliou que isso pode contribuir para aproximar a seção sindical dos professores e professoras da UFF. “Essa presença é boa, a gente precisa de sindicato”, afirmou. “Estou sindicalizado desde que entrei, há 33 anos. Eu ainda tinha cabelos pretos na cabeça e ele ainda tinha cabelos”, brinca, apontando para o Paulinho, funcionário do sindicato que cuidava da distribuição dos brindes naquele campus.

No Gragoatá, também em Niterói, a professora Giovana Cordeiro Campos gostou de ver a tenda da Aduff logo na entrada do campus. Disse que isso facilita a vida da categoria e aproxima o sindicato. “Tem dia que chego às 8 horas da manhã e saio quase às dez da noite. Já fui algumas vezes na sede, mas é importante estar aqui nos campi. Muitas vezes são esses encontros que resolvem as coisas. Qualquer coisa ligada à universidade é importante ter a presença nos campi da instituição”, disse.

Pouco antes, também ali, a professora Ana Claudia Cruz da Silva, do curso de Antropologia, disse que movimentos assim ajudam a dar mais força para a seção sindical. “As pessoas podem entender a presença do sindicato como algo que faz parte da vida na comunidade da universidade, do nosso dia a dia”, disse. Para a docente, que é ex-dirigente da Aduff, os tempos atuais, nos quais o virtual ganhou enorme peso e os jornais impressos deixaram de ser referências dos sindicatos, dificultam um pouco a presença física. Mas, afirma, é preciso contornar isso e encontrar meios de restabelecer cada vez mais a vida presencial na universidade. “Os emails e as redes da Aduff funcionam, mas ter alguém que eu possa falar e perguntar alguma coisa é sempre muito bom”, observou.

‘Sindicato com a gente’

“Eu penso que essa ação demonstra que o sindicato lembra da gente, gostei bastante”, resumiu a professora Camila Abelha Rocha, do Departamento de Engenharia Civil (TEC), na Praia Vermelha, em Niterói. Ela também disse ser importante estar filiada ao Sindicato e, sobre os brindes, fez um pedido sobre um que não conseguiu: “Eu queria a camisa do Paulo Freire, façam uma nova edição, por favor”.

Tenda da Aduff no campus da UFF na Praia Vermelha

Também recém-ingressa no quadro de docentes da universidade, a professora Flaviana Nascimento, da Enfermagem na UFF em Rio das Ostras, disse que montar a banca do Sindicato no campus foi essencial. “Permitiu que a comunidade acadêmica pudesse sanar dúvidas”, disse, além da facilidade de receber os brindes na própria unidade. “Facilitou também o meu processo de me tornar afiliada. Acredito que os movimentos são importantíssimos para que os direitos sejam alcançados, tanto para carreira docente como para a melhoria salarial”, disse. 

Aposentados nos campi

As tendas também serviram a quem já se aposentou e se encontrava no campus no dia. Foi o caso de Maria Emília Cardoso Oliveira, aposentada do Departamento de Matemática e Estatística da UFF, no Valonguinho. A professora ingressou na universidade em 1978, mesmo ano em que a Aduff, ainda como associação docente e não seção sindical, foi fundada. Faz cinco anos, se aposentou, após 41 anos atuando na Universidade Federal Fluminense. “É importante a Aduff não ficar lá isolada [na sua sede]. Precisa estar aqui para divulgar, explicar as coisas, para trazer o pessoal para o Sindicato”, defendeu.

Momento em que ocorre a distribuição de brindes no campus da UFF no Valonguinho

Os brindes

A distribuição dos brindes foi iniciada em dezembro, na confraternização da Aduff, e teve continuidade após o recesso com os materiais disponíveis na sede. As tendas e bancas intensificaram essa distribuição: funcionaram ao longo de todo o dia, com a presença intercalada de dirigentes da seção sindical. 

Foram instaladas de 31 de março a 3 de abril de 2025, em dias alternados, nos campi do Gragoatá, Praia Vermelha e Valonguinho, em Niterói, e em Rio das Ostras, Nova Friburgo, Angra dos Reis, Campos dos Goytacazes, Santo Antônio de Pádua e Volta Redonda (Entrada da Vila e Aterrado).

Conjunto de ações

O professor Raul Nunes, secretário-geral da Aduff-SSind, observa que as tendas integram um conjunto de ações desenvolvidas para aproximar mais o sindicato da categoria: o acolhimento aos novos professoras e professores, a entrega dos brindes nas tendas e, a partir de maio, os primeiros Sindicatos Itinerantes, nos campi fora de Niterói. “A presença das tendas também foi importante para mostrar que o Sindicato está presente, atuante, atento e ouvindo as demandas que chegam para a seção sindical”, disse.

Distribuição de brindes da Aduff no campus da UFF no Gragoatá 

A professora Susana Maia, primeira-tesoureira da Aduff e professora da UFF em Rio das Ostras, afirma que montar as bancas nos campi foi um movimento de aproximação com a categoria e de incentivo à sindicalização. “Foi uma experiência que pode contribuir para pensarmos em novas estratégias de diálogo e socialização de informações do Sindicato”, avalia.

Diretora da pasta Acadêmica da Aduff, a professora Joana D'Arc Fernandes Ferraz, do Departamento Sociologia e Metodologia em Ciências Sociais em Niterói, destacou que essa presença nos campi é um projeto da gestão ‘É na luta que a gente se encontra: por uma Aduff democrática, autônoma e pela base'. “Temos que estar aqui, o mais presente possível. Levar a presença do sindicato para os campi para que a gente consiga trazer mais a categoria para a luta”, resumiu.

Da Redação da Aduff
Por Hélcio Lourenço Filho e Aline Pereira

Brindes distribuídos pela Aduff: bloco de capa dura e caneta com ponta touch Brindes distribuídos pela Aduff: bloco de capa dura e caneta com ponta touch

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