O Grupo de Trabalho História do Movimento Docente da Aduff-SSind (GTHMD) terá a sua primeira reunião do ano no dia 11 de março de 2025, a terça-feira logo após o Carnaval, a partir das 10 horas da manhã.
Assim como previsto para os demais Grupos de Trabalho da Aduff, a reunião será híbrida — presencialmente na sede da seção sindical, em Niterói, e por videoconferência simultânea, para atender docentes dos campi da UFF de outros municípios. O GT é aberto à participação de todos os professores e professoras da universidade que queiram contribuir com essa construção. A sede da Aduff fica na rua Prof. Lara Vilela 110 - São Domingos, Niterói.
O Grupo de Trabalho de História do Movimento Docente tem como objetivo promover o debate e elaborar políticas voltadas para iniciativas que envolvam a memória das mobilizações docentes, suas formas de atuação, de resistência e de organização sindical.
Link para participar da reunião: https://bit.ly/3L7JKue
Congresso do Andes-SN
A retomada das reuniões terá como diretrizes as resoluções do 43º Congresso do Andes-Sindicato Nacional relacionadas ao tema, que aprovou intensificar a luta por memória, verdade, justiça e reparação, assim como contra a anistia a golpistas. Resoluções que envolvem tanto a ditadura empresarial-militar instalada com o golpe de 1964, que durou 21 anos, quanto as recentes tentativas golpistas da extrema direita.
A reunião acontecerá num momento particularmente importante para o tema na UFF, em que o Conselho Universitário (CUV) poderá deliberar sobre o pedido de cassação do título de Doutor Honoris Causa concedido pela universidade a Jarbas Passarinho (1920 - 2016). A proposta foi apresentada ao CUV pela Aduff em parceria com o Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro (GTNM-RJ).
Passarinho foi ministro da Educação de 1969 a 1974, no governo do ditador Emílio Garrastazu Médici, período mais violento daquela ditadura, quando vigorou o AI-5. Liderou a implantação nos campi das determinações do Decreto 477, de fevereiro de 1969, que ficou conhecido como o AI-5 das universidades.
Acervo
A solicitação da Aduff e do Grupo Tortura Nunca Mais ao Conselho Universitário inclui pedido de formação de uma força-tarefa no interior dos órgãos da UFF voltada para ampliação e preservação do acervo documental sobre o período e a reintegração simbólica de servidores e alunos que foram presos, afastados e desaparecidos pelo regime, com a diplomação de estudantes que não se formaram.
Coordenadora pela diretoria do GT de História do Movimento Docente na Aduff, a professora Joana D'Arc Fernandes Ferraz reforça o convite à participação e destaca a importância do tema para a universidade. Ressalta que com relação ao Golpe de 64, para que nunca mais aconteça, há ainda muito a ser feito internamente na universidade. Menciona a proposta de criação de um espaço de memória e homenagem aos professores, técnicos e estudantes atingidos pela ditadura na UFF. “Um local onde essa memória seja, de fato, relembrada”, resume.
Cronograma das primeiras reuniões dos Grupos de Trabalho da Aduff em 2025
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Da Redação da Aduff
Por Hélcio Lourenço Filho
