Antes de abrir os debates, as e os autores dos oito textos enviados ao Caderno do Congresso apresentaram suas reflexões e contribuições sobre diversos aspectos da conjuntura nacional e internacional. Na sequência, foram abertos cinco blocos de seis inscrições, respeitando a paridade de gênero.
De acordo com Ana Lívia Adriano, que integra a delegação da Aduff ao 43° Congresso, os debates da Plenária do Tema 1 – Conjuntura e Movimento Docente foram atravessados pelas reflexões acerca das formas de acumulação e domínio do capital, diante da posse do Governo Trump, nos EUA, do cenário de guerras e do recrudescimento da desigualdade social, que assola o mundo, e de modo peculiar, o Brasil e a América Latina.
“Nesse cenário, a unidade da classe trabalhadora – atravessada pela condição de gênero, raça e orientação sexual - exige o fortalecimento do combate contumaz à transfobia e à homofobia e a afirmação de um sindicato cada vez mais autônomo, classista e antirracista”, destaca a professora da Escola de Serviço Social da UFF em Niterói.
Para a docente, diante do avanço do conservadorismo, da extrema-direita e do desvelo das pautas reacionárias que lhe são inerentes, a Plenária do Tema I apontou para a necessidade de lucidez, firmeza na análise e unidade de ação na intervenção nas lutas sociais e na vida.
“De modo mais premente, as pautas do nosso sindicato – circunstanciais e universais – se afirmam nas prospecções classistas, a exemplo do debate sobre Carreira, em que nossa proposta está articulada às lutas de todos os trabalhadores da educação, por condições dignas de trabalho e pela afirmação do projeto de universidade, e por consequente, da sociedade que defendemos”, diz.
Na conjuntura nacional, as greves da Educação, tanto no setor das Federais quanto das Estaduais, ganharam destaque, em especial com diferentes análises do Termo de Acordo firmado com o governo federal. A necessidade de intensificar a cobrança junto ao governo Lula para o cumprimento integral do acordo também esteve presente em diversas avaliações no plenário.
Em entrevista à imprensa do Andes, a 1ª secretária do Sindicato Nacional, Caroline Lima, que presidiu a plenária do Tema 1, avaliou “que o agitou a plenária foi um debate profundo sobre a unidade na luta que garantiu greves fortes no setor da educação, não só do Setor das Federais, mas também no Setor das Estaduais, e que essas greves tiveram conquistas importantes".
Os debates sobre a conjuntura e movimento docente irão contribuir para as discussões nos grupos mistos de trabalho, que tiveram início hoje (28), a partir dos temas II - Planos de Lutas dos Setores e III - Plano Geral de Lutas.
Confira abaixo a Programação completa do 43° Congresso do Andes-SN.
Da Redação da Aduff, com informações do Andes-SN