Noticias 2016
‘Expansão de relações empresariais e perda de autonomia fomentam assédio moral’
É o que afirma a professora Kênia Miranda, que participa de debate que marca o lançamento de cartilha sobre assédio moral da Aduff-SSind
DA REDAÇÃO DA ADUFF
O aumento das práticas de assédio moral nas universidades públicas tem relação direta com duas questões centrais: a expansão das relações empresariais dentro das instituições públicas e a perda crescente da autonomia docente. Quem afirma é a professora Kênia Aparecida Miranda, da Faculdade de Educação da UFF, que participa de debate sobre o tema no auditório da Aduff-SSind, na noite desta segunda-feira (21). A atividade marca o lançamento da cartilha “O Assédio Moral na Universidade Pública”, produzida pelo sindicato.
A docente destacou ainda que se as “universidades públicas não foram leiloadas, elas foram sufocadas” e tiveram que recorrer a uma diversificação no financiamento, o que as aproximou dos setores interessados em fazer da educação uma mercadoria.
O advogado e conselheiro da OAB-RJ Aderson Bussinger Carvalho, que compartilhou com Kênia a mesa, coordenada pela dirigente da Aduff-SSind Elizabeth Barbosa, observou que as iniciativas jurídicas são importantes, porém incapazes de responder ao que é necessário para combater o assédio. “A luta jurídica é muito importante, ajuda, mas não é suficiente”, disse, sem deixar de destacar a relevância da assistência jurídica e das ações por danos morais.
O advogado elogiou a cartilha, mas destacou ainda um aspecto que não chegou a ser contido na publicação e que considera relevante no ponto de vista jurídico. “Vocês devem trabalhar com os direitos constitucionais, que estão acima do RJU e da CLT. Este país ainda tem uma Constituição e ela diz no artigo 5º que ninguém pode ser submetido a tortura ou a tratamento degradante. E existe muito tratamento degradante no setor privado e nos serviços públicos”, disse.
A cartilha foi produzida a partir de contribuições de docentes que participam do Grupo de Trabalho e Seguridade Social da Aduff-SSind e se amparou em texto desenvolvido pelo escritório de advocacia “Wagner Advogados Associados”. Também teve a contribuição da pesquisadora Simone Silva, do Laboratório de Ética nas Relações de Trabalho e Educação - Laberte-Bioetica-UFRJ. O material é ilustrado com desenhos de Estevão Ribeiro.
Após o debate, haverá um momento de confraternização na sede da seção sindical.
fotos: Debate que acontece na noite desta segunda-feira (21), na sede da Aduff
crédito: Luiz Fernando Nabuco/Aduff-SSind
Plenária Unificada acontece nessa terça (22): Ebserh e autoritarismo da reitoria estão em pauta
DA REDAÇÃO DA ADUFF
A Aduff-SSind convoca para a plenária dos três segmentos, que acontece nessa terça (22), às 18h, no Pilotis do Bloco A, no Campus do Gragoatá. Professores, técnico-administrativos e estudantes vão debater criticamente os acontecimentos recentes na Universidade Federal Fluminense, que, em questionada sessão do Conselho Universitário, aprovou firmar convênio com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh. Também serão discutidas as práticas antidemocráticas adotadas pela reitoria da UFF – que chegou apelar para Justiça e para o uso de força policial, se negando ao debate transparente com a comunidade acadêmica – para levar adiante o projeto de privatização do Hospital Universitário Antônio Pedro. Participe!
Estudantes da Medicina da UFF repudiam aprovação da Ebserh
Por democracia, repeito à Comunidade Acadêmica e contra a privatização do Huap
Nota da Diretoria da Aduff-SSind
POR DEMOCRACIA, RESPEITO À COMUNIDADE ACADÊMICA
E CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DO
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTONIO PEDRO
Neste dia 16 de março de 2016, a Universidade Federal Fluminense vivenciou um dos capítulos mais tristes dos seus 55 anos de história. A comunidade universitária e a democracia interna da UFF foram desrespeitadas pela gestão truculenta e autoritária da atual reitoria na sua tentativa de aprovar a privatização do Hospital Universitário Antônio Pedro.
Convocado para se realizar em auditório fora da universidade e cercado de forte aparado repressivo militar, o Conselho Universitário não pôde debater a proposta de transformar o hospital-escola da UFF em filial da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), empresa de direito privado. O reitor Sidney Mello, assim que instalado o CUV, anunciou que pretendia votar uma proposta sem o debate prévio e que não daria voz aos conselheiros para indagações, comentários, objeções ou proposições. Com essa atitude autoritária, o reitor contrariou a quase unanimidade dos conselheiros que, na última reunião desta instância, realizada no dia 24 de fevereiro, se manifestou favorável à realização de mais debates sobre o tema. É preciso ressaltar ainda que a votação não seguiu os trâmites regimentais, sendo solicitado que somente os conselheiros favoráveis à adesão a EBSERH se manifestassem, não permitindo o mesmo aos numerosos conselheiros contrários. Além disso, não houve contagem de votos, o que não pode assegurar a vitória da EBSERH. O reitor insistiu, assim, no caminho da intransigência, falta de transparência e cerceamento ao debate de ideias que já ocorrera na tentativa de votação por e-mail considerada ilegal pelo Poder Judiciário.
A atual gestão da reitoria desrespeitou também o conjunto da comunidade acadêmica que garantira judicialmente o seu direito de presenciar as discussões no Conselho Universitário. Com tantos auditórios disponíveis na Universidade Federal Fluminense, transferiu-se a reunião para o auditório da Imprensa Oficial que mal comportava o número de conselheiros. Ignorando ainda decisão judicial, se restringiu o acesso de docentes, técnico-administrativos e estudantes. Tudo para não deixar pública a discussão e afastar o controle social sobre os atos da administração.
A democracia universitária foi substituída pela força e intimidação. Estudantes, técnicos e professores ao tentarem garantir seu direito, judicialmente garantido, de participar da sessão foram agredidos por policiais e guardas municipais. Estudantes feridos foram levados para hospitais. A resposta inconsequente da reitoria foi publicar uma nota mentirosa na qual procura criminalizar os sindicatos, legítimos representantes dos trabalhadores, pelos lastimáveis acontecimentos resultantes da conduta desta gestão. Os sindicatos, porém, não se intimidarão e continuarão defendendo os direitos à saúde e educação públicas e gratuitas, os direitos dos servidores e a plena participação da comunidade nas decisões sobre os rumos da UFF.
A comunidade acadêmica certamente não se calará diante de mais esse desrespeito às instâncias e à democracia interna na Universidade Federal Fluminense.
Diretoria da Aduff-SSind.
Ato de servidores e estudantes denuncia arbitrariedades da reitoria da UFF
Por Aline Pereira
Da Redação da Aduff-SSind
Fotos: Luiz Fernando Nabuco/Aduff-SSind
Após a polêmica e questionada reunião do Conselho Universitário da UFF – quando o reitor Sidney Mello descumpriu decisão judicial que permitia o acesso da comunidade acadêmica à sessão realizada no prédio da Imprensa Oficial, no Centro de Niterói – estudantes, professores e técnico-administrativos foram em passeata até a sede da administração central da Universidade, em Icaraí, manhã dessa quarta (16).
Ao longo do ato que protestava contra as arbitrariedades da reitoria, que atropelou os processos democráticos na UFF para forçar a adesão do Hospital Universitário Antônio Pedro à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - Ebserh, a polícia militar, ao tentar abrir a pista ao trânsito, reprimiu os manifestantes, lançando gás de pimenta em servidores e alunos.
Votação da Ebserh na UFF não teve contagem de votos e nem foi concluída
Lançamento da cartilha sobre assédio moral terá debate na Aduff
Atividade será nesta segunda-feira (21), a partir das 18 horas, na sede da Aduff-SSind. Lançamento da cartilha "Assédio Moral na Universidade Pública" terá debate com a professora Kênia Aparecida Miranda, da Faculdade de Educação da UFF, e com o advogado e conselheiro da OAB-RJ Aderson Bussinger Carvalho. A sede da Aduff-SSind fica na rua Professor Lara Vilela 110, em São Domingos, em Niterói.
Sidney ignora liminar e ‘vota’ Ebserh negando voz e voto a conselheiros contrários
Votação sobre terceirizar gestão do Huap no CUV não chegou a ser concluída e é questionada; liminar que permitia acesso à comunidade acadêmica foi desrespeitada; PM reprimiu com violência estudantes
DA REDAÇÃO DA ADUFF
O reitor da UFF, Sidney Mello, não respeitou a decisão judicial que determinava que a sessão do Conselho Universitário que decidiria sobre a Ebserh fosse aberta à participação da comunidade acadêmica e a cidadãos interessados e ‘aprovou’ a adesão em votação tumultuada e incompleta, sem permitir que conselheiros contrários sequer falassem ou votassem.
Para a Reitoria, a sessão do CUV realizada na manhã desta quarta-feira (16) aprovou a cessão do Hospital Universitário Antonio Pedro à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Esse, porém, não é o entendimento de parte dos conselheiros e de professores, técnicos-administrativos e estudantes – apenas cerca de 20 pessoas, além de conselheiros e jornalistas, teve franqueado o acesso ao auditório onde se deu a reunião. A imensa maioria das pessoas que se dirigiu ao local foi impedida de entrar.
O movimento que questiona a cessão do Huap à Ebserh vem defendendo a realização de amplo debate antes de qualquer decisão. A Reitoria alega que as reuniões do conselho não vinham acontecendo e debatendo o assunto por intransigência dos sindicatos. Na sessão desta quarta-feira (16), realizada no auditório da Imprensa Oficial, fora das dependências da UFF, nem mesmo os conselheiros puderam expressar suas impressões sobre a crise no hospital universitário e a empresa criada pelo então presidente Lula para terceirizar a gestão dos hospitais universitários. Eles questionaram e cobraram o cumprimento do regimento e a abertura do debate, mas não foram atendidos. Apenas o diretor do Huap, Tarcísio Rivello, e alguns relatos das câmaras setoriais, todos favoráveis à Ebserh, foram ouvidos.
A matéria foi posta em votação no momento em que, do lado de fora, estudantes eram reprimidos com violência por policiais militares, que desde o início da manhã cercavam o local. Eles exigiam o cumprimento da liminar judicial, que lhes assegurava o acesso à sessão, e pressionavam pela abertura do acesso. Um estudante acabou cercado por policiais e teria sido espancado, segundo testemunhas. O jovem foi levado pelos próprios manifestantes para o Hospital Estadual Azevedo Lima.
A decisão do juiz Rogério Tobias de Carvalho, titular da 1ª Vara Federal de Niterói, determinava que o reitor cumprisse o regimento interno do Conselho Universitário (CUV) e assegurasse uma sessão pública, com postas abertas à comunidade universitária e a qualquer cidadão interessado. O mandado de segurança coletivo foi movido pela assessoria jurídica da Aduff-SSind, seção sindical dos docentes na Universidade Federal Fluminense. A decisão foi deferida na véspera da sessão, no início da noite, e divulgada pela Aduff-SSind nos meios de comunicação digital.
“Defiro parcialmente a liminar para DETERMINAR ao IMPETRADO que não impeça, prematuramente, a participação da comunidade nos trabalhos da sessão do CUV marcada para amanhã, dia 16 de março de 2016, nas dependências da Imprensa Oficial em Niterói, ou em qualquer outro local”, diz trecho da liminar, que é clara ao negar à Reitoria a possibilidade de previamente planejar uma reunião fechada do CUV.
A escolha do local, um pequeno auditório com cerca de 90 lugares, quase totalmente ocupados pelos conselheiros, já demonstrava a intenção de não permitir a entrada de mais ninguém. A questionada votação se deu com policiais militares do lado de fora e na parte interna do auditório. “O que ocorreu lá dentro foi só [parte] de um processo altamente autoritário”, afirmou o professor Paulo Terra, da direção da Aduff-SSind. “É lamentável, mas já era previsível. Eles não aceitam o debate porque têm medo [de serem derrotados com argumentos]”, disse. “Mas essa luta não acaba aqui, não está encerrada”, afirmou, externando o sentimento predominante entre estudantes, docentes e técnicos-administrativos que ali estavam.
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho
foto: Apesar da decisão judicial, a Imprensa Oficial, local da sessão, amanheceu cercada e com acesso negado à comunidade universitária
crédito: Luiz Fernando Nabuco
Liminar determina que sessão do CUV sobre Ebserh seja aberta
Juiz acata mandado de segurança da Aduff: sessão do CUV nesta quarta (16) terá que ser aberta à comunidade acadêmica; ato pela democracia e contra votar Ebserh sem debate começa às 7h da manhã
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho
A Justiça derrubou os planos do reitor da UFF, Sidney Mello, de realizar a sessão do Conselho Universitário da UFF que pode decidir sobre a Ebserh, convocada por ele para a manhã desta quarta-feira (16), a portas fechadas e com forças policiais bloqueando a entrada da comunidade acadêmica.
Liminar do juiz Rogério Tobias de Carvalho, titular da 1ª Vara Federal de Niterói, determina que o reitor cumpra o regimento interno do Conselho Universitário (CUV) e assegure que a sessão transcorra de forma pública, com acesso livre à comunidade universitária e a qualquer cidadão interessado. O mandado de segurança coletivo foi movido pela assessoria jurídica da Aduff-SSind, seção sindical dos docentes na Universidade Federal Fluminense.
“Defiro parcialmente a liminar para DETERMINAR ao IMPETRADO que não impeça, prematuramente, a participação da comunidade nos trabalhos da sessão do CUV marcada para amanhã, dia 16 de março de 2016, nas dependências da Imprensa Oficial em Niterói, ou em qualquer outro local”, diz trecho da liminar. É o segundo revés da Reitoria na Justiça, em sua empreitada para aprovar a Ebserh à revelia da comunidade acadêmica da UFF. O primeiro ocorreu quando o diretor do Hospital Universitário Antonio Pedro (Huap) convocou os conselheiros a decidir por email sobre a cessão da unidade à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares.
A decisão é parcial porque a Aduff-SSind também requeria a exigência de que precedesse qualquer deliberação a apresentação de pareceres das câmaras especializadas. O magistrado entendeu na liminar que isso não é uma obrigatoriedade, embora tenha mencionado que é o que deveria ocorrer diante da gravidade do que se poderá decidir. “A rigor, o CUV pode ouvir previamente as câmaras, e até deveria num caso tão sensível e relevante para a comunidade acadêmica como o que se apresenta. Mas aparentemente não haveria nada de ilegal se ele, exercendo sua autonomia e os poderes de órgão deliberativo máximo da UFF, resolvesse não ouvi-las”, assinala o juiz.
A decisão ressalta que ao reitor é permitido agir para manter a “ordem”, mas não lhe é dado o direito de promover reuniões previamente fechadas do colegiado. Não cabe, observa, o cerceamento preventivo a algo que está previsto no regimento interno e que seria básico para uma gestão democrática.
O mandado de segurança não demanda decisão sobre o que aconteceu no dia 8 de março, quando o diretor do Hospital Universitário Antonio Pedro, com apoio da Reitoria, votou a portas fechadas no Conselho Deliberativo do hospital posição favorável à transformação do Huap em uma filial da Ebserh. A sessão transcorreu na Procuradoria Federal, com estudantes, técnicos-administrativos e docentes proibidos de acompanhar a reunião – num ato igualmente considerado ilegal por sindicatos e estudantes por contrariar o regimento interno do conselho. A sessão também está sendo questionado judicialmente.
Os sindicatos, estudantes e diversos setores da comunidade acadêmica estão convocado ato público para a manhã desta quarta (16), a partir das 7 horas, em frente ao prédio da Imprensa Oficial, na rua Professor Heitor Carrilho 81 (primeira rua à direita na Jansen de Melo, após o Mequinho). O objetivo é exigir democracia e debate e consulta à comunidade acadêmica antes de tomar qualquer deliberação sobre a Ebserh.
Ato em defesa do Huap e pela democracia na UFF: quarta (16), a partir da 7h, na Imprensa Oficial
Ato em defesa do Hospital Universitário Antonio Pedro e pela democracia na UFF: quarta (16), a partir da 7h, na Imprensa Oficial, para onde o Conselho Universitário foi convocado para decidir sobre a Ebserh isolado da comunidade acadêmica.
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A Reitoria da UFF quer repetir o que ocorreu durante o Conselho Deliberativo do Hospital Universitário Antonio Pedro: aprovar a transformação do hospital em uma filial da Ebserh em uma sessão isolada por policiais, a portas fechadas e fora da universidade. A decisão está sendo contestada. Haverá ato durante o Conselho Universitário, convocado para quarta-feira (16), também em local externo a UFF, no auditório da Imprensa Oficial .
A concentração começa às 7 horas e deve reunir estudantes, professores e docentes.
A Imprensa Oficial fica na rua Professor Heitor Carrilho, nº81 - Centro/Niterói.
UniRio mobilizada contra Ebserh: Reitoria quer ratificar privatização do HU nessa terça (15)
DA REDAÇÃO DA ADUFF
A comunidade acadêmica da UniRio vive mais uma prova de fogo em defesa do serviço público de saúde: a reitoria convocou reunião do Conselho Universitário nessa terça (15), para deliberar 'ad referendum' pela adesão à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh, cedendo a gestão dos hospital-escola à essa empresa de capital privado, à terceirização dos serviços e à privatização do setor. A sessão acontece no auditório do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG), às 9h, contando com manifestação da comunidade acadêmica, que clama por efetivo debate sobre o tema.
No dia 16 de dezembro, dois dias antes do recesso de final de ano e sem a aprovação do Conselho Universitário, o reitor Luiz Pedro San Gil Jutuca firmou o contrato com a Ebserh, atropelando a autonomia e a democracia na UniRio.
Para aprovar Ebserh, reitor convoca CUV extraordinário fora da UFF
Reunião será realizada nesta quarta (16), às 9h, no auditório da Imprensa Oficial do RJ, em Niterói; ato em defesa do hospital Antonio Pedro acontece às 7h, antes da reunião do Conselho Universitário. Aduff-SSind convoca toda a comunidade acadêmica a participar da mobilização
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Na manhã desta segunda (14), membros do Conselho Universitário (CUV) da Universidade Federal Fluminense receberam email da reitoria da UFF convocado para reunião extraordinária do CUV com a pauta “sustentabilidade do HUAP: Contrato de Gestão Especial Gratuita do Hospital Universitário Antonio Pedro entre a UFF e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh)”. A reunião acontece nesta quarta-feira (16), às 9h, no auditório da Imprensa Oficial do RJ (Rua Prof. Heitor Carrilho, 81, Centro - Niterói).
A convocação de uma reunião extraordinária do Conselho Universitário fora das dependências da UFF para deliberar sobre o contrato com a Ebserh já era esperada pela comunidade acadêmica da universidade. No dia 08 deste mês, a administração da UFF e o diretor-geral do Antonio Pedro, Tarcísio Rivello, utilizaram a mesma manobra para aprovarem a portas fechadas e com extensivo aparato policial a cessão do HUAP para a Ebserh, em reunião do Conselho Deliberativo do hospital universitário. A decisão dessa reunião está sendo contestada na Justiça.
“A realização de uma reunião de Conselho Universitário fora da universidade evidencia a já conhecida falta de transparência e verve democrática dessa gestão”, ressalta a presidente da Aduff-SSind, Renata Vereza. Desde o final do ano passado, quando os rumores sobre a assinatura de um contrato entre a UFF e a Ebserh voltaram à tona, os três segmentos da universidade reivindicam amplo debate e audiências públicas sobre o tema, com a participação de toda a comunidade acadêmica e usuários do hospital, antes que qualquer decisão a respeito da Ebserh na UFF fosse tomada. Entretanto, o reitor da instituição, prof. Sidney Mello, e sua administração não realizaram um debate institucional sequer sobre a situação do hospital universitário Antonio Pedro e a possibilidade de assinatura de contrato de cessão do hospital-escola à empresa pública de direito privado.
Ato em defesa do HUAP acontece às 7h, antes do CUV
Diante da possibilidade iminente de aprovação da cessão do Hospital Universitário Antonio Pedro à Ebserh, Aduff-SSind, Sintuff, estudantes e diversos setores da comunidade acadêmica convocam para a próxima quarta uma manifestação em defesa do Huap, contra a terceirização e privatização da unidade de saúde. A concentração começa às 7 horas da manhã em frente ao auditório da Imprensa Oficial do RJ, onde será realizada a reunião do Conselho Universitário.
Esclarecimento da Diretoria da Aduff-SSind sobre o Congresso do DCE/UFF
Reitor quer que Justiça decida local externo para votar Ebserh
Aduff-SSind faz pesquisa sobre plano de saúde: participe
Atendendo a solicitações de docentes associados, a Aduff-SSind quer saber a opinião dos professores sobre plano de saúde. Dos que já são contemplados pelo convênio com a Unimmed, quer saber como avaliam o serviço. Mas esse plano não admite mais a inclusão de novos associados. Por isso, a Aduff-SSind também quer saber de quem não tem plano – ou tem, mas fora do convênio do sindicato – se há interesse em um eventual novo convênio.
Para isso, é fundamental responder a essa pequena pesquisa clicando no link: http://goo.gl/forms/WoFHMjfTJG
No Rio, mulheres protestam pela legalização do aborto, contra o ajuste fiscal e pelo fim da violência
Na noite de ontem (8), cerca de 3 mil mulheres ocuparam as ruas do Centro do Rio de Janeiro para reivindicar direitos e lutar pela legalização do aborto, contra o ajuste fiscal e pelo fim da violência. O ato saiu da Praça XV e foi até a Cinelândia sem carro de som. No gogó e no tambor, elas cantavam a defesa pela autonomia dos seus corpos e de suas vidas. Nas mãos, cartazes e panfletos (além de uma infinidade de bolas lilás - cor símbolo do movimento feminista) expressavam que no 8 de março - Dia Internacional da Mulher -, como em todos os outros 364 dias do ano, elas queria muito mais do que flores: querem respeito. E o recado foi dado nas ruas, num ato com participação expressiva de diferentes tipos de mulheres; jovens, adultas, estudantes, trabalhadoras, negras, lésbicas, mães, transexuais.
Na ordem do dia estava o debate sobre a legalização do aborto. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), abortos ilegais são a 5º maior causa de morte materna no país, matando uma mulher a cada 2,6 dias. A OMS estima que são feitos 1 milhão de abortos por ano no Brasil. A ilegalidade é o principal fator de risco nesse caso, já que as mulheres que recorrem ao procedimento clandestino têm grandes chances de morrer. As mais afetadas são as pobres e em sua maioria negras, que não podem pagar por clínicas privadas caras e acabam usando métodos caseiros e inseguros. São estas também as mais criminalizadas, que utilizam o serviço público de saúde quando têm alguma complicação e acabam sendo denunciadas, correndo o risco de serem presas.
“Entendemos que ser mãe é uma escolha e por isso somos contra a maternidade compulsória. Há mulheres que não desejam ser mães e essa decisão deve ser respeitada. Mas sabemos que não é dada à maioria das mulheres condições para exercer seu poder de escolha. A precarização da educação e da saúde públicas, aliada ao machismo da sociedade que impõe a obrigatoriedade da maternidade às mulheres , tira de muitas as condições necessárias para se proteger de uma gravidez indesejada e para planejar e decidir o rumo de suas vidas. Isso recai principalmente sobre as meninas da periferia que se tornam mães muito jovens, deixando de estudar e trabalhar”, dizia o panfleto assinado pelo grupo “Mães e Crias na luta (pela legalização do aborto)” e distribuído por uma menininha de, no máximo, uns 5 anos. Focada em entregar o maior número de panfletos possível, ela correu antes que a jornalista pudesse lhe perguntar o nome. A mãe correu atrás, sorrindo.
Fora Cunha!
Autor do Projeto de Lei 5069/2013 que dificulta a atenção nas unidades de saúde às mulheres vítimas de violência sexual, o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi alvo de críticas das mulheres, que entoaram “Fora, Cunha!” em frente ao escritório do deputado, na Avenida Rio Branco. Eduardo Cunha é réu de uma ação penal no Supremo Tribuna Federal, acusado de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro por envolvimento no desvio de dinheiro no esquema da Petrobrás. O presidente da Câmara é acusado de ter recebido ao menos US$ 5 milhões entre 2006 e 2012, para viabilizar a construção de dois navios-sonda da Petrobras pelo estaleiro Samsung Heavy Industries. Cunha também sofre um processo de cassação de mandato aprovado pela Comissão de Ética da Câmara dos Deputados.
O PL 5069/2013, de autoria dele, aprovado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados no dia 21 de outubro de 2015, determina que mulheres vítimas de violência sexual só poderão ser atendidas em unidades de saúde após realizaram Boletim Ocorrência e exame de corpo de delito no IML. Além disso, só considera violência sexual os casos que resultam em danos físicos e psicológicos. Hoje, a lei brasileira considera violência sexual qualquer forma de atividade sexual não consentida. Como se não bastasse, a proposta remove do atendimento de saúde os tratamentos preventivos como a pílula do dia seguinte e o coquetel anti-HIV, o fornecimento de informações às vítimas sobre os direitos legais e todos os serviços sanitários disponíveis a ela, inclusive informações sobre o abortamento legal. No Brasil, o aborto é legal em casos de estupro, risco para a mãe ou para fetos anencéfalos. O projeto de Cunha acaba com esse direito, com o argumento de que pretende “refrear a prática do aborto, que vem sendo perpetrado sob os auspícios de artimanhas jurídicas, em desrespeito da vontade amplamente majoritária do povo brasileiro”.
As mulheres não vão pagar pela crise
A manifestação também pautou o combate ao ajuste fiscal promovido pelo Governo Dilma e criticou as medidas aprovadas no último período que reduzem e flexibilizam direitos trabalhistas. Por serem parte da classe trabalhadora e dos setores mais oprimidos, as mulheres acabam sofrendo mais profundamente com essas questões. Segundo dados do IBGE, só entre janeiro e setembro de 2015 o desemprego entre mulheres subiu 45%.
“Nesse sentido, é importante ressaltar que as mulheres negras representam a maior cota de contratos precarizados, de serviços terceirizados, de trabalhos informais temporários. São elas que trabalham sem carteira assinada e tem salário mensal 57% menor que o das trabalhadoras brancas. Elas ganham até um salário mínimo e tem um nível de escolaridade muito baixo. Essa situação de desigualdade para um setor específico da sociedade – as mulheres negras – que correspondem a 49 milhões de pessoas ou 25% da população brasileira é normal?”, questionou uma integrante do Quilombo Raça e Classe/RJ.
Conselho do Huap aprova Ebserh em reunião fechada e que será contestada
Direção do Huap e Reitoria cercam Procuradoria com PM para defender Ebserh
Campanha quer que Congresso derrube veto à auditoria da dívida nesta 3ª (8)
Ato contra Ebserh nesta 3ª (8) exige democracia na decisão sobre Huap
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Expansão precarizada: UFF em Campos cobra resposta para problemas
Docentes, técnicos-administrativos e estudantes da UFF em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, cobraram compromisso dos gestores com as promessas feitas na última reunião do Comitê Gestor (CG), em maio de 2015, e soluções para os problemas nas condições de trabalho. Também criticaram o não comparecimento do reitor Sidney Mello nas atividades, que mais uma vez não esteve presente na reunião realizada com a comunidade acadêmica na tarde do dia 16 de fevereiro, uma terça-feira.
Promessas como priorizar as obras da UFF em Campos, regularizar pagamento de terceirizados e elaborar estudo para resolver o déficit do quadro de docentes na unidade, afirmaram, não foram cumpridas. A reunião foi marcada pela presença de "representantes de representantes", já que, dos integrantes titulares do Comitê Gestor, apenas o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Sérgio Mendonça, compareceu.
Um dos compromissos da reunião anterior, ocorrida em 7 de maio de 2015, foi dar prioridade às obras do campus da cidade. Na ocasião, Sérgio Mendonça disse que o reitor assegurava: "A obra de Campos será priorizada". Ela estava e permanece paralisada.
O caso foi lembrado por docentes. "Que tipo de prioridade é essa que a obra permanece parada por mais um ano?”, indagou o professor de Ciências Sociais Márcio Malta. Na recente reunião, o Comitê Gestor disse que ainda não há previsão para retomada das obras (ver texto nesta página). A comunidade universitária continuará por tempo indeterminado nos contêineres e sem previsão de novo campus.
Déficit de pessoal
Outro tema lembrado refere-se a novas vagas no quadro docente. A comunidade acadêmica recordou que houve um compromisso – assinalado à época pelo professor Alberto Di Sabbato, coordenador de pessoal docente, presente nas duas reuniões – de redigir um relatório técnico para levantar a necessidade dos cursos de Campos de Goytacazes e que, a partir desse procedimento, seriam alocadas novas vagas para tentar acabar com déficit – o que até hoje não se concretizou.
O professor Paulo Terra, que integra a direção da Aduff-SSind, ressaltou que há um déficit no quadro docente que precisa ser sanado e os professores aguardam que o compromisso assumido em 2015 seja concretizado. "No próprio curso de História, por exemplo, a gente não chegou no contingente necessário. Então é preciso também que esse estudo aponte essa necessidade de concursos", observou.
Terceirizados
Referindo-se a outra afirmação que o Comitê Gestor fizera em maio, de que a Reitoria priorizaria também os recursos destinados ao pagamento dos salários dos profissionais das empresas terceirizadas, o professor Márcio Malta indagou quando isso será regularizado. "A notícia que nos chega é que funcionários terceirizados estão indo embora por conta da falta de pagamento. Isso quando alguns departamentos não se encontram inviabilizados, porque o funcionário não tem como trabalhar sem receber. A gente se encontra nesse caso, que é na verdade um caos", disse o docente.
Os representantes da Reitoria disseram que estavam fazendo o possível para solucionar o problema e citaram o rompimento do contrato com a terceirizada Vpar como um exemplo disso. "Até que ponto nós vamos ficar assim? Até adoecer?", questionou o professor da UFF em Campos.
Comitê Gestor diz não haver previsão para retomar obras
Paralisada há mais de um ano e com dívida de R$ 7 milhões, a construção do campus que deveria abrigar os cursos de Ciências Sociais, Geografia, Serviço Social, Ciências Econômicas, Psicologia e História, em Campos dos Goytacazes, não tem previsão de retomada. Foi o que disse o representante da Superintendência de Arquitetura e Engenharia (Saen), Daniel de Almeida, durante reunião do Comitê Gestor da UFF no município.
De acordo com o representante da Saen, o valor da obra está na ordem de R$ 35 milhões. “Nós temos hoje R$ 7 milhões de dívida e é um montante bem significativo e, até o momento, não há previsão de quando isso será sanado para poder retomar a obra”, disse.
O contrato com a empresa que fornece os contêineres, onde parte das aulas são ministradas em Campos, será renovado, segundo Alberto Di Sabbato, coordenador de pessoal docente. "O processo de licitação dos contêineres já foi realizado, a empresa que venceu foi a atual empresa que já tem os contêineres e esse contrato está na Procuradoria Jurídica e deve ser assinado em breve", disse.
Preocupado com os danos causados ao prédio com as obras interrompidas, o docente Paulo Gajanigo questionou o Comitê Gestor sobre o prejuízo de abandonar a obra e o que a Reitoria está fazendo para conseguir a verba, já que aproximadamente 30% do prédio está concluído. “Eu queria entender o que a UFF está fazendo em relação ao prédio... Eu quero saber se vocês têm um estudo, uma previsão, do que acontece de deterioração do prédio, quanto a UFF está perdendo por dia, qual o prejuízo? O que a UFF está fazendo concretamente pra conseguir essa verba? Se é um compromisso sério, a UFF tem que estar lutando incansavelmente por essa verba, porque isso é dinheiro público jogado fora”, disse o docente.
Diretor do Huap tenta outra vez pautar Ebserh em reunião fora da UFF
Ato conjunto marca início da greve da educação estadual e reúne milhares no Rio
Manifestação no Centro do Rio, que teve apoio de estudantes e servidores federais, criticou Pezão e defendeu o fim dos cortes orçamentários nos serviços públicos e demais medidas impostas pelo ‘ajuste fiscal’
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho
A greve na rede estadual de educação começou com um ato conjunto do funcionalismo que reuniu milhares de manifestantes no Centro do Rio, na tarde e início da noite da quarta-feira (2). Estudantes e apoiadores participaram – estimativas apontam a participação de algo em torno de dez mil pessoas ao longo de todo o ato, que teve Luiz Fernando Pezão como principal alvo das críticas. O governador foi contestado por cortar recursos da educação, saúde e outros setores dos serviços públicos, atrasar salários e tentar reduzir direitos previdenciários do funcionalismo.
A manifestação conjunta começou em frente à Assembleia Legislativa (Alerj), ainda no meio da tarde, e depois seguiu em passeata pelas ruas do Centro da cidade, sendo finalizada na Cinelândia. Pouco antes, educadores da rede estadual de ensino realizaram assembleia na Fundição Progresso, na Lapa, de onde foram em passeata até o Palácio Tiradentes para se juntar aos demais servidores.
O protesto marcou o início da greve por tempo indeterminado na rede estadual de ensino, mas havia gente de diversos setores dos serviços públicos estaduais, entre eles a saúde e a Justiça estadual. Os servidores da Faetc também pararam. No dia 7 de março, entram em greve os professores e técnicos-administrativos da Uerj – Universidade do Estado do Rio de janeiro.
A participação de estudantes no ato foi expressiva. “Estamos aqui em apoio aos servidores e contra tudo que está acontecendo nas escolas”, disse a estudante do 1º ano do ensino médio Maria Luana, que estuda na Escola Estadual Nilo Peçanha, em Niterói.
Servidores federais, entre eles docentes da UFF, também compareceram ao ato em apoio aos colegas do serviço público estadual. A Aduff-SSind se solidariza com essa luta e convida o conjunto da categoria a apoiar esse movimento.
Inscrições das candidaturas à Direção e ao CR da Aduff-SSind vão até 30 de março
Eleições acontecem nos dias 10 e 11 de maio
A partir desta terça (01) até o dia 30 de março corrente, estão abertas as inscrições para as chapas que desejarem concorrer à Direção da Aduff-SSind e ao Conselho de Representantes da entidade, conforme os regimentos abaixo publicados. A secretaria da seção sindical receberá as candidaturas de segunda a sexta-feira, no horário das 9h às 18h. As eleições acontecem nos dias 10 e 11 de maio (terça-feira e quarta-feira),simultaneamente com a votação nacional para a Diretoria do Andes-SN. Todos os eleitos estarão à frente de seus cargos para o biênio 2016/2018.
Candidatos à direção nacional
A chapa “Unidade na Luta” é a única inscrita durante o 35º Congresso do Andes-SN, realizado em janeiro desse ano, em Curitiba. À frente da chapa estão a professora Eblin Farage (UFF), candidata a presidente; e os professores Alexandre Galvão, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), candidato a secretário-geral; e Amauri Fragoso de Medeiros, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), candidato a tesoureiro do Andes-SN.
Confira aqui o regimento para eleição da direção da Aduff-SSind, biênio 2016-2018: http://issuu.com/…/docs/regimento_-_elei____o_diriretoria_d…
Confira aqui o regimento para eleição do Conselho de Representantes da Aduff-SSind, biênio 2016-2018: https://issuu.com/…/docs/regimento_-_elei____o_conselho_de_r