Noticias 2016

Com o tema “Universidade e conjuntura: desafios atuais”, evento será realizado na próxima quarta-feira (04), às 18h30, no auditório do Instituto de Economia da UFF (Bloco F- Gragoatá)

DA REDAÇÃO DA ADUFF

“A conjuntura demonstra que no próximo período teremos que estar ainda mais unificados, fortalecendo as seções sindicais e o ANDES-SN, para fazermos os enfretamentos contra o governo federal e os governos estaduais na luta contra a retirada de direitos. O debate é um convite para pensarmos em saídas coletivas para a atual conjuntura e avançarmos nas reflexões e estratégias de luta”, ressalta a professora da Escola de Serviço Social da UFF, Eblin Farage, que é candidata à presidência do ANDES-SN pela chapa “Unidade na Luta”, única inscrita para disputar o pleito durante o 35º Congresso do sindicato nacional, realizado em janeiro desse ano, em Curitiba.

Farage compõe a mesma ao lado de Gustavo Gomes, candidato a presidência da Aduff-SSind pela chapa “Democracia e Luta, em defesa dos direitos sociais, do serviço público e da democracia interna”.

“Vivemos um momento em que as propostas postas pelo atual governo e pelo que pode ser um futuro governo jogam a conta da crise para os trabalhadores, em especial para os servidores públicos federais, com o PLP 257/16 – enviado pelo executivo ao Congresso – que prevê aumento das contribuições previdenciárias, redução da folha de pagamento e demissões voluntárias, entre outras. Nesse período de eleições, é essencial destacar a importância da mobilização e organização dos trabalhadores em defesa dos serviços públicos”, avalia Gustavo.

O debate organizado pelas duas chapas também abordará questões internas da Universidade Federal Fluminense. “A discussão sobre democracia que está sendo pautada em diferentes esferas no país também tem que chegar à universidade. A maneira como foi discutida e deliberada a transferência do Hospital Universitário Antonio Pedro para a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) evidencia a falta de democracia interna dentro da UFF. É fundamental trazer ao debate questões como atualização do estatuto da universidade e liberdade sindical dos trabalhadores na UFF para que eles possam disputar um projeto de sociedade e universidade, em defesa da manutenção dos serviços públicos de educação e saúde, que atendem a maioria da população”, complementa o candidato a presidência da Aduff-SSind.

Votação

As eleições para a próxima direção da Aduff-SSind, do ANDES-SN e do Conselho de Representantes da entidade sindical acontecem simultaneamente, nos dias 10 e 11 de maio, em todos os campi da UFF, em locais designados pela Comissão Eleitoral (CE). Todos os eleitos estarão à frente de seus cargos para o biênio 2016/2018.

São eleitores todos os docentes da UFF filiados à ADUFF que se sindicalizaram até o dia 15 de março de 2016. De acordo com o Regimento Eleitoral, a identificação do eleitor será feita mediante qualquer documento de identidade. Vale ressaltar também que cabe à Comissão Eleitoral compatibilizar os horários para votação com os horários de funcionamento da unidade ou departamento onde funcionarão as seções eleitorais. O mapa com os horários e locais das urnas será divulgado em breve pela CE.

Saiba mais sobre o debate em: https://www.facebook.com/events/1703891426495320/

" Contra oS ajuste fiscais do PT, PMDB E PSDB; contra o impeachment e em apoio à luta dos servidores estaduais". Esse é o motE do ato em comemoração ao Dia do Trabalhador - 1° de maio, que será realizado a partir das 15h do domingo, no Parque Madureira. Participam da organização do evento Aduff-SSind, Asduerj, Adunirio e Andes-RJ.

Confira abaixo o texto de convocação para o evento:

A vida do povão está cada vez mais difícil. Os preços dos alimentos nas alturas, salário insuficiente para as despesas, contas cada vez mais caras e a piora de toda essa realidade com desemprego e a retirada de direitos aumentando. Isso tudo são os reflexos dos governos do PT/PMDB em acordos com o agronegócio, os banqueiros e os empresários. Eles governam para seus interesses e os trabalhadores sofrem! Agora temos mais um Projeto de Lei do Governo Federal, o PL 257, que vai retirar mais direitos dos servidores. Temos que barrar este Projeto!
Como se já não bastasse a vida nada fácil, a direita mais raivosa, preconceituosa e intolerante do país impulsiona um impeachment para derrubar um governo democraticamente eleito e com isso colocar um presidente de mentira, o ladrão do Cunha como vice, abafar todos os casos de corrupção que seus deputados estão envolvidos e arrebentar ainda mais com os trabalhadores. Devemos dizer não ao impeachment!
Contra todos esses brutais ataques, diversas organizações de oposição de esquerda ao governo e a direita tradicional estão convocando, através de uma Frente de Esquerda Socialista, a construção de um 1º de Maio que aponte todas as saídas pela esquerda e para o fortalecimento dos direitos e conquistas dos trabalhadores. Que essa data, seja palco das diversas categorias que lutam com greves e contra a perda de direitos! Que seja um espaço para os estudantes que promovem ocupações históricas nos colégios estaduais de nossa cidade.
Pensamos que está mais do que na hora de o subúrbio da nossa Cidade ser protagonista das lutas e das resistências do nosso povo, afinal a população que mais trabalha, que tem a maioria de mulheres, negros e em boa parcela sofrendo muito com a crise e com a violência constante da polícia, são os que mais sofrem e resistem diariamente. São por esses motivos que o 1 de Maio será em Madureira, com a presença de lideranças comunitárias, artistas, camelôs, desempregados e trabalhadores que desejam a unidade nas lutas e um futuro melhor.

- Por Emprego e Moradia!
- Por Saúde e Educação Públicas!
- Por um Transporte Público e de Qualidade!
- Contra o Extermínio da Juventude Negra!
- Contra o racismo, o machismo e a homofobia!
- Contra os Ajustes Fiscais de Dilma/PT e Pezão/PMDB.
- Contra o PL 257!
- Contra o Impeachment da direita reacionária!
- Por uma alternativa dos trabalhadores e da juventude!
- Em apoio à luta dos servidores públicos estaduais, contra os ataques de Pezão/Dornelles!
- Em apoio às ocupações das escolas!

Confirme presença no evento e saiba mais em : https://www.facebook.com/events/1057560194300863/

A Aduff-SSind convida todos os docentes da Universidade Federal Fluminense (UFF) a participarem da assembleia geral da categoria que acontece na quinta (28), às 15h, no auditório do Bloco E, no campus do Gragoatá. Confira a pauta e participe!

Pautas:

1  Debate sobre PLP257/16, que trata do ajuste na carreira dos SPF, demissão voluntária, aumento das contribuições previdenciárias entre outros. Debatedores:  Gustavo Gomes (Escola de Serviço Social) e Victor Leonardo Araujo (Faculdade de Economia)

2 - Impactos da crise na universidade
3 - Atividades do 1° de Maio
4 - Outros assuntos
Protestos também tiveram a participação de servidores federais; ocupação da Secretaria de Fazenda do Estado do Rio exigia pagamento de salários de aposentados
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho
Por cerca de 12 horas, em torno de cem servidores estaduais ocuparam o 19º andar da Secretaria de fazenda do Estado do Rio, onde se localiza o gabinete do secretário estadual de Fazenda, Julio Cesar Carmo Bueno. Exigiam que o governo revisse a sua decisão de não pagar os salários de aposentados e pensionistas que recebam acima de R$ 2 mil este mês. A resposta do governo não foi sutil: por volta das 2h30min da madrugada desta sexta-feira (15), soldados do Batalhão de Choque invadiram o prédio, na av. Presidente Vargas, para desocupá-lo.
Os servidores concordaram em deixar o local para que não houvesse conflito. Com os elevadores desligados, desceram 19 andares pela escada, observados pelos policiais  posicionados a cada andar. Cantavam e batiam palmas e, alguns lances antes de chegar ao térreo, deram-se as mãos.
Os manifestantes – a maioria servidoras estaduais da educação, em greve – ocuparam a secretaria pouco depois das 14h da quinta-feira (14). A única reivindicação: o pagamento dos  aposentados e pensionistas – o governador em exercício, Francisco Dornelles, decidiu que os salários referentes a março só serão depositados no dia 12 de maio.
O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Edson Albertassi (PMDB), esteve no local e tentou mediar uma possível reunião com secretários de governo, mas o Palácio Guanabara condicionou qualquer conversa à desocupação do prédio. Não houve acordo.
A ocupação transcorreu sem danos ao patrimônio, ao contrário do que o governo chegou a divulgar – e que foi desmentido em imagens feitas por cinegrafistas e fotógrafos. A decisão do governador de mandar o Batalhão de Choque deixou os servidores indignados.
Ao descer as escadas, cantaram tradicional canção dos protestos populares: “O povo unido é povo forte/Não teme a luta, não teme a morte/ Avante companheiro que essa luta é minha e sua/unidos venceremos e a greve continua”. “Ocupamos para exigir o pagamento dos aposentados e pensionistas. Covardemente, o governo mandou desocupar o prédio. Às 2 horas da manhã, o Choque invadiu. Éramos cem nossos da ocupação. Descemos as escadas cantando, de cabeça erguida. A tesão [foi] grande, mas seguimos firmes na luta”, postou nas redes sociais a servidora Cíntia Teixeira, servidora da saúde estadual e integrante do Fórum de Saúde da CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular).
Dia de mobilização também dos federais
A ocupação da Secretaria de Fazenda fez parte de um dia de protestos que uniu servidores estaduais e federais no Rio. Trabalhadores de diversos setores saíram em passeata, à tarde, da Assembleia Legislativa (Alerj) até a Sefaz. “A caminhada foi emocionante, o povo na rua aplaudindo, fotografando e filmando”, comentou a servidora da saúde estadual Jeane, do Hospital Estadual Azevedo Lima, que está em greve.
O servidor Camilo de Jesus, do INSS de Engenheiro Trindade, em Campo Grande, que participou do ato, acompanhou em vigília,em frente ao prédio, a ocupação da secretaria. Para ele, o que ocorre agora com os servidores do estado é parte de um contexto mundial, no qual direitos dos trabalhadores estão sendo retirados para manter a margem de lucro dos grandes empresários capitalistas. E os servidores federais, alerta, não estão alheios a isso. “Vamos esperar o corte de salários ou vamos nos mobilizar já, unificando com a luta dos servidores estaduais”, indagou.
O professor do CPII Tarcísio Motta disse que estava ali como cidadão e como ex-professor da rede estadual de ensino. “É um absurdo que Dornelles e Pezão tenham deixado os aposentados sem condições de sobreviver, é uma covardia desse governo”, disse.

Secretaria está ocupada por servidores da educação; federais, em menor número, participam da vigília em frente ao prédio; comissão de parlamentares entrou no prédio

DA REDAÇÃO DA ADUFF

Servidores ocupam a Secretaria da Fazenda do Estado do Rio e pressionam o governo a negociar com o funcionalismo, em greve contra os atrasos nos salários, as ameaças sobre direitos trabalhistas e previdenciários e a falta de verbas para os serviços públicos. Aposentados, que por determinação do governador em exercício, Francisco Dornelles (PMDB), só vão receber o pagamento de março em maio, também participam do ato.

A única reivindicação da ocupação é que as aposentadorias e pensões sejam pagas. “Não poderíamos nos ausentar dessa luta. Não vamos sair daqui sem essa negociação, a ocupação é fundamental para que a gente pressione, para chamara atenção da população”, disse Lívia de Oliveira, professora do Colégio Estadual Baltazar Bernardino, em Niterói, que participa da ocupação.

Por volta das 19h20, uma comissão de parlamentares foi autorizada a subir para verificar a situação dos manifestantes e tentar mediar possíveis negociações – mas acabou não tendo acesso ao 19º andar. “É um gesto autoritário que só vai elevar a tensão”, disse, pouco antes, o deputado estadual Flávio Serafim (PSOL), um dos parlamentares que estão no local. Às 20h15, finalmente a entrada da comissão parlamentar foi permitida. O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Edson Albertassi (PMDB), integrava a comissão.

Não houve acordo, porém, na tentativa de mediação. O governo condicionou o recebimento de uma comissão formada pelos manifestantes à desocupação do espaço. Os servidores propuseram que a comissão fosse recebida primeiro e, a depender do resultado, definiriam ou não pela saída. O governo manteve a posição inicial. Os manifestantes fizeram uma assembleia e por ampla maioria decidiram permanecer no local pelo menos até às 13 horas desta sexta-feira (15).

Ocupação

O 19º andar do prédio foi ocupado por volta das 14 horas desta quinta-feira (14), quando também houve passeata com trabalhadores de diversas áreas dos serviços públicos estaduais e federais. Dezenas de servidores se encontram no interior do prédio, parte deles aposentados. No pátio da entrada e do estacionamento, mais de uma centena também participava da ocupação. Alguns dos aposentados, mais velhos, já deixaram o local. Foram recebidos com festa pelos servidores que estavam do lado de fora.

Foi o caso de Jurandir de Oliveira, o Didi, de 81 anos, técnico-administrativo aposentado da Uerj. Ele disse que tudo transcorreu com tranquilidade ao longo das cerca de cinco horas em que participou da ocupação e que não houve danos ao patrimônio. “O que eles disseram foi mentida, mas tiveram que desmentir”, disse sobre informação, divulgada pelo governo, de que os manifestantes haviam quebrado coisas no prédio. “Eles fazem o que querem, tem dinheiro para Supervia, tem dinheiro para o Maracanã, só não tem para os aposentados”, disse à reportagem. Aos que, mesmo em receber salário, seguem em casa, deu um recado: “Tem que vir para cá, para luta e [não] ficar em casa sem comida”, disse.

Como os elevadores foram desligados, Jurandir e outros aposentados tiveram que descer os 19 andares a pé, pela escada. Houve um momento em que a luz e a água também foram cortadas, mas, depois, após negociação, foram restabelecidas.

Segundo o servidor do INSS Luiz Fernando Carvalho, que acompanhava a manifestação desde o início da tarde, o clima esteve tenso na ocupação por determinado momento, quando policiais militares fizeram movimentos que poderiam sinalizar uma invasão. Depois, porém, o clima ficou tranquilo, embora dezenas de policiais permaneçam no prédio.

DA REDAÇÂO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho (texto) e Luiz Fernando Nabuco (fotos)
Foto: Ocupação e manifestação dos servidores no Rio, na quinta-feira (14)

Com informações do ANDES-SN
Foto: ANDES-SN

Representantes de diversas categorias dos serviços públicos federais, estaduais e municipais se reuniram em frente ao Ministério da Fazenda, na manhã desta quinta (14), em Brasília, para protestar contra o projeto de lei PLP 257/16, que afeta os servidores das esferas federal, municipal e estadual. O projeto de lei complementar tramita em regime de urgência e pode levar ao congelamento de salários, suspensão dos concursos públicos, não pagamento de progressões e outras vantagens (como gratificações), revisão dos Regimes Jurídicos dos Servidores, elevação das alíquotas previdenciárias, privatizações, venda de bens públicos e aumento da precarização e da terceirização dos serviços públicos ofertados à população.

No período da tarde, os servidores públicos federais, estaduais e municipais realizaram reunião unificada para construir um calendário de lutas contra o PL. A atividade aconteceu no Hotel Nacional.  “A ideia do ato era dar visibilidade ao PL 257, que agride o funcionalismo público sobremaneira e precariza muito o nosso trabalho. É uma grande ameaça. Ele foi o pontapé das mobilizações, a ideia é continuar organizado para intensificar a luta”, afirmou a diretora da Aduff-SSind, Elizabeth Barbosa, que participou do ato e da reunião dos SPF com outros 8 professores da Universidade Federal Fluminense.

Reunião com Berzoini

Na tarde de terça-feira (12), representantes das oito centrais sindicais se reuniram com o ministro-chefe da Casa Civil, Ricardo Berzoini, para pressionar pela retirada do projeto da pauta da Câmara dos Deputados. Segundo Paulo Barela, que representou a CSP-Conlutas no encontro, o governo manobra para ganhar tempo. “O ministro abriu a reunião informando que concordou em realizar a reunião com as Centrais Sindicais, mas que não está em discussão a retirada do PLP/257 da pauta do Congresso, ou seja, o governo reafirma que quer aprovar esse projeto”, contou Barela.

Ainda de acordo com o dirigente da CSP-Conlutas, na reunião, o ministro registrou que o centro do projeto é o “alongamento da dívida dos estados”, alertando que é preciso que a sociedade entenda que esse procedimento levará a um déficit fiscal nos primeiros anos, mas que tende a se estabilizar em um período de quatro a cinco anos. O governo quer a aprovação do projeto usando o argumento de que as despesas da União se justificariam, pela “relevância do interesse social”. Considerando esses elementos, Berzoini admite a possibilidade de “separar” os itens de condicionalidades para aplicação do plano que envolvem os trabalhadores, qual seja sobre salários, previdência, salário mínimo, concurso público, dentre outros.

Segundo Barela, o ministro reconheceu que o momento político exige do governo uma maior reflexão sobre esses itens do projeto, porém, não assumiu a retirada dos dispositivos, mas apenas a perspectiva, ou possibilidade, de desmembramento desses em relação ao conjunto do projeto. “Nada definitivo”, ressaltou.

Tramitação

O PLP 257/2016, de autoria do Executivo, tramita em caráter de urgência constitucional e, por isso, deve ser votado até o dia 6 de maio e encaminhado ao Senado, que terá mais 45 dias para apreciar a proposta que traz uma série de ataques aos direitos dos trabalhadores. O PLP faz parte do pacote de ajuste fiscal iniciado pelo governo, no final de 2014. As medidas, que buscam manter o pagamento de juros e amortizações da dívida ao sistema financeiro e aumentar a arrecadação da União, atingem diretamente o serviço público e programas sociais. A manifestação coincide com o dia nacional de mobilização convocado pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais contra o PLP 257/2016, que tramita sob regime de urgência na Câmara dos Deputados (PLP 257/2016) e é considerado o mais duro ataque aos serviços públicos e ao funcionalismo dos últimos anos.

Ato conjunto de servidores estaduais e federais nesta quinta contesta medidas contra serviços públicos; no DF, protesto defende arquivamento do PLP 257
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Servidores aposentados e da ativa – a maioria educadores – ocuparam, na tarde desta quinta-feira (14), a Secretaria Estadual de Fazenda, na av. Presidente Vargas, no Centro do Rio. A manifestação é parte do dia de protestos no Rio de Janeiro, Brasília e outras cidades, em defesa dos serviços públicos e contra as medidas que podem levar ao congelamento de salários do funcionalismo. O ato é também uma resposta à decisão do governo estadual de não pagar este mês os salários de março dos servidores aposentados – a previsão é de que o pagamento só ocorra em maio.
Em Brasília, servidores realizaram pela manhã ato em frente ao Ministério da Fazenda. E pretendiam ir para o Congresso Nacional à tarde. O principal alvo do protesto é o PLP 257, que pode levar ao congelamento salarial, à suspensão de concursos e à impossibilidade de expansão dos serviços públicos – para economizar recursos para fazer superávit e pagar juros e amortizações das dívidas da União, dos estados e municípios. “O centro do ato foi o PLP 257 que agride muito os serviços públicos e precarizam nosso trabalho”, relata Elizabeth Barbosa, professora da UFF e diretora da Aduff-SSind, que participou da atividade.
Na manifestação do Rio, que reúne federais e estaduais, embora cada setor possua pautas específicas, o elo que une a todos é a defesa dos serviços públicos, a resistência aos pacotes que governos das três esferas tentam aplicar contra o funcionalismo, o direito à aposentadoria e a rejeição ao próprio PLP 257, que tramita em regime de urgência no Congresso Nacional e atinge a servidores federais, estaduais e municipais.
DA REDAÇÃO DA ADUFF
(acompanhe a cobertura dos atos em www.aduf.org.br)
Foto: Servidores ocupam Secretaria Estadual de Fazenda, no Rio
Crédito: Reprodução Sepe/RJ
Manifestação realizada no Rio no dia 7 de abril teve duras críticas à transferência da gestão de hospitais públicos para organizações sociais e Ebserh
DA REDAÇÃO DA ADUFF
No Dia Mundial da Saúde, servidores e estudantes, em sua maioria, mas também trabalhadores de outras áreas, promoveram manifestação pela manhã no Rio, na qual defenderam a imediata suspensão da implantação de todos os novos modelos de gestão da rede hospitalar pública que terceirizam e privatizam o setor.
O protesto convocado pelo Fórum de Saúde, com apoio de sindicatos e outras entidades da sociedade civil, realizado na quinta-feira (7), teve como ponto de encontro a estátua do Bellini, no Maracanã. De lá, os manifestantes – boa parte participando da greve dos servidores estaduais – caminharam até o Hospital Universitário Antonio Pedro, da Uerj, em Vila Isabel.
A ameaça e a suspeita de que a administração do hospital articula parcerias com organizações sociais foi denunciada. "Estão sujando o nome do hospital fazendo ligação com essas organizações criminosas", disse Cintia Teixeira, nutricionista na unidade e da coordenação do Fórum de Saúde da CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular). "É uma política criminosa do PMDB. A saúde federal também está sofrendo com a ameaça da privatização. Está colocada a entrada da Ebserh em sete hospitais federais do Rio de Janeiro", disse a servidora, que convidou os presentes a participar de nova manifestação contra a privatização da saúde convocada para o dia 14 de abril, a partir das 9 horas, em frente ao Hospital Federal dos Servidores do Estado.
O ato reuniu cerca de 150 pessoas e recebeu apoio de transeuntes e de parcela dos moradores do bairro, que acenavam das sacadas dos prédios, enquanto os manifestantes defendiam a saída de Luiz Fernando Pezão (PMDB) do governo.
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Concentração para o ato desta quinta (14) no Rio é a partir das 14h, na Candelária; protesto reunirá servidores federais e estaduais
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho
A manifestação que unirá servidores federais e estaduais, nesta quinta-feira (14), começará a partir das 14 horas, na Candelária, no Centro do Rio. O protesto conjunto está sendo convocado pelo fórum das entidades sindicais federais do Rio e pelo Muspe (Movimento Unificado dos Servidores Estaduais do Rio de Janeiro), que aglutina entidades sindicais que promovem a maior greve no estado dos últimos anos. A Aduff-SSind participa e apoia a realização do ato. Será o primeiro protesto após o governo estadual anunciar que os salários de março dos servidores do estado não serão pagos este mês.
Os servidores pretendem ir às ruas do Rio, Brasília e outras capitais para dizer que o ‘ajuste fiscal’ e a crise não podem ser pagos com redução de direitos previdenciários e de salários. Os contracheques estão ameaçados tanto pelo congelamento, que reduz o seu valor real, quanto pela diminuição de seu valor nominal por meio do aumento da alíquota descontada a título de previdência.
Embora cada setor possua pautas específicas, a defesa dos serviços públicos, a resistência aos pacotes que governos de todas as três esferas tentam aplicar contra o funcionalismo, a defesa do direito à aposentadoria e a rejeição ao projeto de lei complementar (PLP 257/2016) que pode congelar salários, proibir concursos públicos, privatizar e terceirizar setores unem o conjunto dos servidores.
O ato é parte do dia nacional de mobilização convocado pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais pelo cumprimento dos acordos de greve firmados no ano passado e contra o PLP 257, que tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados (PLP 257/2016). O projeto é considerado o mais duro ataque aos serviços públicos e ao funcionalismo desde a reforma administrativa do governo de Fernando Henrique Cardoso, na década de 1990.
Itinerário do ato
Quem for à manifestação conjunta desta quinta-feira no Rio deve tomar cuidado para não perder a localização do ato. Isto porque ela vai mudar, a princípio, duas vezes e em espaços curtos de tempo. A concentração está sendo chamada para a Candelária, a partir das 14 horas. Depois, às 15 horas, o ato se desloca para a Assembleia Legislativa (Alerj), ao lado da Praça XV. De lá, os manifestantes devem sair em passeata até a Secretaria Estadual de Fazenda, retornando à avenida Presidente Vargas. O trajeto e o cronograma, porém, podem ser alterados no decorrer do protesto.
Negociação com o governo
Da reunião das centrais sindicais com o ministro-chefe da Casa Civil, Ricardo Berzoini, não saiu um compromisso do governo de retirar do PLP 257 os itens que prejudicam os servidores e asfixiam os serviços públicos. Quem afirma é o servidor do IBGE Paulo Barela, da coordenação nacional da CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular), que participou da audiência. Alguns veículos de comunicação sindicais divulgaram que o governo recuara da proposta e iria retirar os pontos que atacam o funcionalismo.
Segundo disse ao portal da central na internet, não houve por parte de Berzoini compromisso formal de retirar do projeto os pontos destacados pelos servidores, mas a declaração da intenção de abrir essa possibilidade, desmembrando o projeto. Não foram dadas garantias disso, porém.
O titular da Casa Civil também descartou a reivindicação das centrais para que o governo retire a urgência do projeto. “O ministro abriu a reunião informando que concordou em realizar a reunião com as centrais sindicais, mas que não está em discussão a retirada do PLP-257 da pauta do Congresso, ou seja, o governo reafirma que quer aprovar esse projeto”, disse Barela.

Sindicato dos técnicos tem até o próximo dia 21 para desocupar sede no Valonguinho; Aduff-SSind se solidariza com trabalhadores e repudia atitude dos gestores da UFF

DA REDAÇÃO DA ADUFF

“O reitor da UFF, Sidney Mello, vem nos últimos meses utilizando todos os tipos de prática de perseguição aos dirigentes sindicais e estudantis, [com] uso de força policial e [de] ações judiciais, com [a] intenção de calar aqueles que têm denunciado a política do governo Dilma de privatizar e de precarizar o trabalho e o estudo na Universidade”, disse Pedro Rosa, coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal Fluminense, em vídeo que circula nas redes sociais. Ele pede apoio à comunidade acadêmica, aos movimentos sociais e sindicais para fortalecerem a campanha contra a criminalização e o despejo do Sintuff.

A decisão judicial proferida pelo Juiz Titular da 1º Vara de Niterói, Rogério Tobias de Carvalho, determina que o Sintuff deixe voluntariamente a sede que ocupa há décadas no campus do Valonguinho, até o próximo dia 21, sob pena de desocupação coercitiva e de multa diária de R$500 – limitada ao máximo de R$100mil.

Conforme o despacho do juiz, a administração central da UFF alegou seguir orientação do Tribunal de Contas da União (acórdão 1378/2008) para solicitar a antecipação de tutela para reintegração do imóvel. A reitoria declarou que o Sintuff ocupa indevidamente o espaço desde o ano 2000 e que, a permanência do sindicato no local “impede que a Universidade dê sequência ao pedido do Diretório Central dos Estudantes, para ali ser instalação (sic) o Restaurante Universitário do campus do Valonguinho”.

Uma das primeiras atitudes do reitor Sidney Mello, recém-empossado, foi assinar a notificação de desocupação do imóvel, ainda em novembro de 2014, alegando que o Sintuff é uma entidade privada, que consome água e energia públicas gratuitamente. No entanto, de acordo com o sindicato dos trabalhadores em educação, a UFF possui mais de dez prédios sem uso na instituição. E, outras entidades que também têm sede no ambiente universitário não foram questionadas pela administração central, o que, evidenciaria, portanto, perseguição política ao Sintuff.

Essa ação de despejo contra o sindicato dos servidores vem acompanhada de várias outras tentativas, por parte da reitoria, de criminalizar a atuação dos movimentos sindicais e sociais na UFF. Desde que assumiu a administração central na instituição, Sidney Mello se recusou a dialogar com os servidores e os estudantes em greve; recorreu à Justiça e à força policial para coibir manifestações no espaço público. Não estabeleceu qualquer diálogo com a comunidade para discutir a cessão do Hospital Universitário Antonio Pedro à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Criticado por atropelar o Regimento Universitário, encaminhou controverso e questionável processo de votação sobre o referido convênio entre essa empresa e o Huap – que está sendo contestado pelas entidades sindicais e por parte da comunidade acadêmica.

Para o coordenador geral do Sintuff, Pedro Rosa, a administração central da UFF tenta silenciar um sindicato combativo que, nos últimos anos, tem atuado em defesa dos interesses dos trabalhadores em Educação da UFF, se opondo à política privatista que move os gestores. “[O] objetivo central [é] calar a boca de um sindicato que, nos últimos anos, teve a coragem de denunciar o que significa os cortes de verbas [públicas para a Educação], denunciar a privatização que está a serviço de prejudicar a população e de engordar os bolsos dos corruptos que governam esse país”, diz o sindicalista no vídeo.

Aduff-SSind apresenta moção

Na tarde dessa quarta (13), a Diretoria da Aduff-SSind - biênio 2014/2016 elaborou moção de repúdio à reitoria da UFF e à ordem de despejo contra o Sintuff, solidarizando-se com o sindicato dos trabalhadores.

Leia abaixo o texto da moção:

A ADUFF-SSIND tem se posicionado de forma veemente contra as práticas antidemocráticas que têm caracterizado a atual administração da UFF, entre as quais, a truculência ocorrida no episódio da adesão do Hospital Universitário Antônio Pedro à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh.

Numa clara retaliação ao posicionamento da entidade sindical representativa dos técnicos administrativos em suas lutas em defesa da democracia na UFF, a administração central da Universidade Federal Fluminense recorreu à Justiça, que encaminhou ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação na UFF - Sintuff ordem de despejo do prédio ocupado há anos pela entidade, no Campus do Valonguinho. A exemplo do que vem ocorrendo em todos os níveis de governo no país, entendemos que essa ameaça é um evidente constrangimento à liberdade e ao direito de organização sindical dos trabalhadores.

Niterói, 13 de abril de 2016

Diretoria da Aduff-SSind
Biênio 2014/2016

Ato no Rio em defesa dos serviços públicos e contra o projeto que ataca todo o funcionalismo (PLP 257) reunirá servidores estaduais e federais a partir das 14h, na Alerj
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Servidores se manifestam, nesta quinta-feira (14), no Rio, Brasília e em outros estados para defender os serviços públicos, direitos que estão sendo atacados e contestar o projeto de lei complementar que afeta todo o funcionalismo e pode levar ao congelamento salarial por tempo indeterminado – o PLP 257/2016.
No Rio, servidores estaduais, em greve, e federais devem unir forças, em manifestação que deverá se estender por toda a tarde desta quinta. O ato organizado pelas entidades em greve da esfera estadual, e que terá a adesão de outros setores, está marcado para começar às 14 horas, em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), próximo à Praça XV.
O protesto ocorre logo após o governador em exercício, Francisco Dornelles (PMDB), anunciar que os servidores aposentados vão ficar sem salário este mês – o pagamento de março só sairá em maio.
A manifestação coincide com o dia nacional de mobilização convocado pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais contra o PLP 257/2016, que tramita sob regime de urgência na Câmara dos Deputados (PLP 257/2016) e é considerado o mais duro ataque aos serviços públicos e ao funcionalismo dos últimos anos.
Em Brasília, o ato conjunto de diversos segmentos do funcionalismo federal ocorrerá pela manhã, em frente ao Ministério do Planejamento. O Sindicato nacional dos Docentes (Andes-SN) participará, assim como representações estaduais da categoria.

Confira também os candidatos ao Conselho de Representantes da seção sindical; eleições acontecem nos dias 10 e 11 de maio

Única inscrita, a chapa “Democracia e Luta, em defesa dos direitos sociais, do serviço público e da democracia interna” irá disputar a eleição para a diretoria da Aduff-SSind, biênio 2016/2018. À frente da chapa estão Gustavo Gomes (candidato a presidente e docente da Escola de Serviço Social), Kate Lane Paiva (candidata à secretária-geral) e Carlos Augusto Aguilar Junior (candidato a tesoureiro), ambos docentes do Coluni (Colégio Federal da UFF). Segue ao final da matéria a lista completa dos candidatos à direção da seção sindical e ao Conselho de Representantes (CR) da Aduff-SSind.

“Nesse primeiro momento, 17 unidades indicaram representantes para concorrerem ao CR do sindicato. Assim que a nova direção assumir, publicará novo edital para eleger representantes no restante das unidades. É importante que todos os institutos e unidades se mobilizem para garantir representação e participação na luta sindical”, ressalta Elizabeth Barbosa, representante da atual diretoria na Comissão Eleitoral.

Votação

A votação será realizada nos dias 10 e 11 de maio, em todos os campi da UFF, em locais designados pela Comissão Eleitoral (CE). São eleitores todos os docentes da UFF filiados à ADUFF que se sindicalizaram até o dia 15 de março de 2016. De acordo com o Regimento Eleitoral, a identificação do eleitor será feita mediante qualquer documento de identidade. Vale ressaltar também que cabe à Comissão Eleitoral compatibilizar os horários para votação com os horários de funcionamento da unidade ou departamento onde funcionarão as seções eleitorais. O mapa com os horários e locais das urnas será divulgado em breve pela CE.

Candidatos à direção nacional

As eleições para a próxima direção da Aduff-SSind e do Conselho de Representantes da entidade sindical acontecem simultaneamente com a votação nacional para a Diretoria do Andes-SN. Todos os eleitos estarão à frente de seus cargos para o biênio 2016/2018. A chapa “Unidade na Luta” foi a única inscrita durante o 35º Congresso do Andes-SN, realizado em janeiro desse ano, em Curitiba. À frente da chapa estão a professora Eblin Farage (UFF), candidata a presidente; e os professores Alexandre Galvão, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), candidato a secretário-geral; e Amauri Fragoso de Medeiros, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), candidato a tesoureiro do Andes-SN.

Chapa da Diretoria da ADUFF-SSind – Biênio 2016/2018:

Presidente: Gustavo França Gomes

1º Vice-Presidente: Gelta Terezinha Ramos Xavier

2º Vice-Preidente: Juarez Torres Duyaer

Secretário-Geral: Kate Lane Costa de Paiva

1º Secretário: Douglas Ribeiro Barbosa

1º Tesoureiro: Carlos Augusto Aguilar Junior

2º Tesoureiro: Edson Teixeira da Silva Junior

Diretoria de Comunicação (Titular): Kenia Aparecida Miranda

Suplente: Marcio José Melo Malta

Diretoria de Política Sindical (Titular): Adriana Machado Penna

Suplente: Bianca Novaes de Mello

Diretoria Cultural (Titular): Renata Torres Schittino

Suplente: Ceila Maria Ferreira Batista

Diretoria Acadêmica (Titular): Antoniana Dias Defilippo Bigogmo

Suplente: Elza Dely Veloso Macedo

____________________________________________________________

Conselho de Representantes – CR – Biênio 2016-2018

- Fac. de Educação - FEUFF

Tit.: Eliane Arenas Mora

Supl.: Zuleide Simas da Silveira

Fac. de Administração e C. Contábeis – EST

Tit.: Claudio Roberto Marques Gurgel

Supl.: Selma Alves

- ESR – Campos dos Goytacazes

Tit.: Leonardo Soares dos Santos

Supl.: Matheus Thomas da Silva

- Esc. de Arquitetura e Urbanismo – RA

Tit.: Glauco Bienenstein

Supl.: Luiz Renato Andrade Bittencourt Silva

- Inst. de Saúde Coletiva

Tit.: Claudia March Frota de Souza

Supl.: Armando Cypriano Pires

- IACS

Tit.: Fabián Rodrigo Magioli Núñez

Supl.: Guilherme Nery Atem

- Rio das Ostras – IHS

Tit.: João Claudino Tavares

Supl.: Paula Martins Sireli

- Fac. de Economia

Tit.: Victor Leonardo Figueiredo Carvalho de Araujo

Supl.: Nazira Correia Camely

- IEF – Educ. Física e Desportos

Tit.: Martha Lenora Queiroz Copolillo

Supl.: Claudia Foganholi Alves 

- Fac. de Nutrição

Tit.: Katia Ayres Monteiro

Supl.: Enilce de Oliveira Fonseca Sally

- Inst. de Matemática e Estatística

Tit.: Luis Felipe Rivero Garvía

Supl.: Viviana Ferrer Cuadrado

- COLUNI

Tit.: Maria Cecilia Sousa de Castro

Supl.: Gisele dos Santos Miranda

- INFES – PCH – Santo Antonio de Pádua

Tit.: Ivan Ducatti

Supl.: Diego Chabalgoity

- Inst. de Computação

Tit.: Izabel Leite Cafezeiro

Supl.: Marco Antonio Monteiro Silva Ramos

- Campus Nova Friburgo – Inst. de Saúde

Tit.: Priscila Starosky

Supl.: Gilson Saippa de Oliveira

- ICHF

Tit.: Tatiana Silva Poggi de Figueiredo

Supl.: Renata Rodrigues Vereza

- Volta Redonda – ICHS

Titular: Catharina Marinho Meirelles

Suplente: Ana Paula Todaro Taveira Leite

Alunos precisam de doações de alimentos e de material de higiene; Aduff apoia o movimento

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Aline Pereira
Foto: Luiz Fernando Nabuco/Aduff-SSind - Detalhe da ocupação dos estudantes no Iepic/Niterói.
*Dados atualizados na quinta (14), às 16h40min

Seguindo o exemplo pioneiro da Escola Estadual Prefeito Mendes de Moraes, na Ilha do Governador, ocupada há mais de 20 dias por estudantes mobilizados contra a política de sucateamento do setor impetrada pelo governo de Luiz Fernando Pezão/ Francisco Dornelles, alunos de 40 outras unidades de ensino em todo Estado do Rio de Janeiro também ocuparam suas escolas.
Discentes querem ser ouvidos e chamam atenção da sociedade para a defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade. Eles manifestam solidariedade à greve dos professores da rede estadual, deflagrada no dia 2 de março por melhores condições salariais e de trabalho, reivindicando, principalmente, a valorização dos educadores, melhorias nas condições estruturais das escolas e respeitos às pautas pedagógicas. A luta da Educação se tornou ainda mais forte ao aglutinar forças com a mobilização de outros servidores do Estado, que, deflagraram greve unificada no último dia 6, com mais de 30 categorias paralisadas.
A mobilização é crescente e os alunos precisam de doações de alimentos, de água, material de limpeza e de higiene pessoal. Procure a escola mais próxima de sua residência ou trabalho e contribua com o movimento. A Aduff-SSind apoia essa luta.
Confira a lista das escolas ocupadas até a tarde dessa quinta (14).
1 - CE Pref. Mendes de Moraes - Ilha do Governador
2 - CE Gomes Freire - Penha
3 - CE Heitor Lira - Penha
4 - CE Visconde de Cairu - Méier
5 - CE Euclydes Paulo da Silva - Maricá
6 - CE Dr. João Nery - Mendes
7 - CE Matias Neto - Macaé
8 - FAETEC Bacaxá - ETE Helber Vignoli Muniz - Saquarema
9 - CE Clóvis Monteiro - Manguinhos
10 - CE Irineu Marinho - Caxias
11 - CE Stuart Angel - Senador Camará
12 - IEPIC - Instituto de Educação Ismael Coutinho - Niterói
13 - CE Guanabara - Volta Redonda
14 - CE Dr. Francisco de Paula - Iguaba
15 - CIEP 295 Prof. Glória Roussin Guedes Pinto - Volta Redonda
16 - CE Chico Anysio - Vila Isabel
17 - CE Compositor Luís Carlos da Vila - Jacaré
18 - CE Bangu - Bangu
19 - CIEP 403 Prof. Maria Lurdes Giovanette - Volta Redonda
20 - CIEP 335 Prof. Joaquim de Freitas - Queimados
21 - FAETEC - ETE Juscelino Kubitschek - Jardim América
22 - CE Prof. Alfredo Balthazar da Silva - Magé
23 - FAETEC - ETE João Barcelos - Campos dos Goytacazes
24 - CE Herbert de Souza - Rio Comprido
25 - CE Hispano Brasileiro - Méier
26 - CE Edmundo Silva - Araruama
27 - CE Nilo Peçanha - São Gonçalo
28 - CE Francisco José do Nascimento - Maricá
29 - CE José do Patrocínio- Campos dos Goytacazes
30 - CE David Capistrano - Niterói
31 - CE João Salim Miguel - Bangu
32 - CE Antonio Houaiss - Méier
33 - CE Paulo Assis Ribeiro - Niterói
34 - CE Liceu de Humanidades - Campos dos Goytacazes
35 - CIEP 175 - José Lins do Rego - Nova Iguaçu
36 - CIEP 114 Maria Gavazio Martins - São João de Meriti
37 - CE Amaro Cavalcanti - Largo do Machado
38 - IECN - Instituto de Educação Clélia Nanci - São GOnçalo
39 - CE André Maurois - Gávea
40 - CE José Leite Lopes (NAVE) - Andaraí

Discussões que acontecem no sábado (16) têm caráter preparatório para evento nacional na área

DA REDAÇÃO DA ADUFF

No próximo dia 16 de abril (sábado), a partir das 9h, terá início o II Encontro Estadual de Educação, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (campus da Praia Vermelha). O evento é uma iniciativa do Fórum Estadual em Defesa da Educação Pública – Fedep, e composto de várias entidades, entre elas o Andes-SN. Tem como objetivo discutir propostas para o setor, que serão apresentadas no II Encontro Nacional de Educação, que acontece entre 16 e 18 de junho desse ano, em Brasília, com o mote “Contra o ajuste fiscal e a dívida pública – por um projeto classista e democrático de Educação”.

“Esse é um momento em que a sociedade brasileira é chamada a se posicionar quanto às políticas educacionais vigentes e apresentar proposições que visem um melhor atendimento educacional a toda a população”, explica a professora da UFF, Elza Dely Veloso Macedo, que, como segunda secretária da Regional Rio de Janeiro do Andes-SN, tem participado da organização do II Encontro Estadual de Educação.

Ela explica que o evento nacional de educação, assim como em 2014, deve ser precedido de encontros estaduais e regionais para sistematização de propostas. Por isso, no próximo dia 16, logo na abertura do Encontro, estarão em tela questões como Organizações Sociais, Base Nacional Comum Curricular e o acesso à Educação. No período da tarde, os debates estarão divididos em três grandes eixos, a saber: “A gente não quer só comida, a gente quer acesso, permanência e vagas”, “Ocupando as escolas: democratização do espaço público”, “Tem dinheiro para Olimpíada, mas não tem para educação: contra o desmonte do serviço público”. Entre 17h e 19h, acontece a plenária de encerramento.

As inscrições podem ser feitas no link: https://docs.google.com/forms/d/1zNkupfuY2vqlR41C-tqoPF3WxkpA0R0-dTzHrCm-XdI/viewform?c=0&w=1

A programação completa está disponível na página do evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1719244448292448/?active_tab=posts

Manifestação no Rio teve duras críticas à transferência da gestão de hospitais públicos para organizações sociais e Ebserh
DA REDAÇÃO DA ADUFF
No Dia Mundial da Saúde, servidores e estudantes, em sua maioria, mas também trabalhadores de outras áreas, promoveram manifestação pela manhã no Rio, na qual defenderam a imediata suspensão da implantação de todos os novos modelos de gestão da rede hospitalar pública que terceirizam e privatizam o setor.
O protesto convocado pelo Fórum de Saúde, com apoio de sindicatos e outras entidades da sociedade civil, realizado na quinta-feira (7), teve como ponto de encontro a estátua do Bellini, no Maracanã. De lá, os manifestantes – boa parte participando da greve dos servidores estaduais – caminharam até o Hospital Universitário Antonio Pedro, da Uerj, em Vila Isabel.
A ameaça e a suspeita de que a administração do hospital articula parcerias com organizações sociais foi denunciada. "Estão sujando o nome do hospital fazendo ligação com essas organizações criminosas", disse Cintia Teixeira, nutricionista na unidade e da coordenação do Fórum de Saúde da CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular). "É uma política criminosa do PMDB. A saúde federal também está sofrendo com a ameaça da privatização. Está colocada a entrada da Ebserh em sete hospitais federais do Rio de Janeiro", disse a servidora, que convidou os presentes a participar de nova manifestação contra a privatização da saúde convocada para o dia 14 de abril, a partir das 9 horas, em frente ao Hospital Federal dos Servidores do Estado.
O ato reuniu cerca de 150 pessoas e recebeu apoio de transeuntes e de parcela dos moradores do bairro, que acenavam das sacadas dos prédios, enquanto os manifestantes defendiam a saída de Luiz Fernando Pezão (PMDB) do governo.
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho

Protesto conjunto levou milhares de servidores ao Palácio Guanabara; mais setores aderiram à paralisação

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho
O governo tentou dividi-los, a resposta veio com a maior e mais unitária manifestação desde o início da mobilização dos servidores estaduais no Rio. O protesto realizado na tarde da quarta-feira (6) reuniu trabalhadores de diversas áreas, marcou a entrada em greve de mais setores e se converteu numa sonora declaração de unidade do funcionalismo estadual.
O protesto conjunto, iniciado no início da tarde no Largo do Machado, terminou, já à noite, em frente ao Palácio Guanabara, onde uma comissão foi recebida pelo secretário de Estado do governo, Affonso Henriques Monerat. Ele prometeu a abertura de negociações efetivas – com a primeira reunião marcada para o dia 13 de abril, em horário a ser definido até o dia 8.
Os manifestantes representavam variados segmentos do funcionalismo e expuseram, nos discursos, a intenção de valorizar a os laços que os une. Falas duras criticaram o governo pelo que qualificaram de tentativa de dividir os servidores ao propor negociação em separado com professores.
"Quando eles atacam a gente em bloco, é bom que a gente responda em bloco também", disse, à reportagem, o professor de Geografia Bruno Nascimento, que considerou inaceitável que, após o contracheque ser corroído pela inflação de 2014 para cá, ver o governo pautar não a reposição, mas possível parcelamento dos já atrasados salários. "É com a força dessa greve que a gente quer [mudar isso], e alcançar o reajuste", disse.
Trabalhadores e estudantes se concentraram desde a primeira hora da tarde desta quarta no Lago do Machado. Perto dali, no clube Hebraica, a assembleia da rede estadual da educação, convocada pelo sindicato da categoria (Sepe-RJ), reunia uma multidão de educadores, que aprovaram a continuidade da greve.
Pouco antes das 15 horas, eles caminharam os cerca de mil e quinhentos metros que separam a Hebraica do Largo do Machado para se juntar aos demais servidores e estudantes que participavam do ato. Perto das 16 horas, todos saíram em passeata pela rua das Laranjeiras, que ficou tomada nos cerca de mil metros que se estendem de seu início até a rua Pinheiro Machado, próximo da sede do governo, no Palácio Guanabara.
Estudantes
As estudantes Marinea Coutinho e Isabella Soares, do Instituto de Educação Rangel Pestana, de Nova Iguaçu, chegaram cedo ao ato. Disseram que participam em solidariedade à luta dos professores, profissão que, em breve, esperam abraçar. "Quando nos formarmos professores vamos passar pelas mesmas [dificuldades] que eles", disse Marinea. "Temos visto a luta deles e viemos apoiar", assinalou Isabella – que criticou a deterioração, de 2015 para cá, das condições da escola em que estudam.
Mais setores em greve
O ato conjunto no Palácio Guanabara, onde as duas pistas da rua Pinheiro Machado foram ocupadas pelos manifestantes, marcou a adesão de novos setores à greve no estado, até aqui concentrada na rede estadual de educação e nas universidades e institutos estaduais.
Aderiram à paralisação, entre outros, os servidores da Justiça estadual, do Detran e da saúde. "Acho que o governo não contava que todos os setores se unissem. O movimento está forte e ainda temos o apoio dos estudantes", disse Cristiane Dutra, técnica de enfermagem do Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói.
A servidora avalia que governo tentou desarticular o movimento sinalizando que receberia apenas o sindicato dos educadores (Sepe-RJ), mas não conseguiu. A direção do Sepe disse que a reunião deveria ser com as representações do Muspe (Movimento Unificado dos Servidores Estaduais), o que acabou ocorrendo.

Aduff apoia o movimento; alunos pedem doações de água, comida, material de higiene pessoal e de limpeza

DA REDAÇÃO DA ADUFF

"Aqui falta material, falta papel higiênico no banheiro. Nossa alimentação é controlada - vem em pouca quantidade, o feijão é aguado, e não podemos repetir. As salas de aula não são climatizadas, porque desligam os aparelhos de ar condicionado. Fazem o mesmo com os bebedouros e, por isso, tomamos água quente. Lutamos por melhores condições para o funcionamento da escola, porque queremos educação de qualidade", disse uma estudante do primeiro ano à reportagem da Aduff-SSind, na tarde dessa quinta (7). Ela é uma das integrantes do movimento "Ocupa Iepic", formado por alunos do Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho, que desde o início do dia, estão mobilizados e acampados na escola. O IEPIC é a 12ª escola ocupada no Estado do Rio de Janeiro, clamando por educação pública, gratuita e de qualidade.

Durante a ocupação, pacífica e ordeira, os estudantes elaboraram uma pauta de reivindicações, que inclui melhorias na infraestrutura, segurança, revitalização e climatização da escola; passe livre estudantil irrestrito; gestão autônoma das escolas; prestação de contas; fim da opressão e do preconceito, entre outras.

Eles são solidários à luta dos educadores da rede estadual, em greve desde o último dia 2 de março, que, ganha ainda mais amplitude mediante a greve unificada do funcionalismo público do Estado do Rio de Janeiro deflagrada nessa quarta (6).

"Hidro-honestidade"

Outra reivindicação dos estudantes é a "hidro-honestidade". De acordo com eles, a direção do Iepic teria divulgado, ontem (6), a informação de que não haveria aula nessa quinta porque não teria água na escola, que, amanheceu fechada. Eles alegam que eventual falta de água nunca foi motivo para suspensão das atividades escolares. "A direção já tinha percebido nossa mobilização e estava temendo a ocupação do Iepic. Chegamos bem cedo, pulamos o muro e abrirmos a cisterna, que estava cheia", conta uma aluna.

Outro estudante revela que tão logo a escola foi ocupada, o Secretário de Educação do Estado do Rio de Janeiro, Antônio José Vieira de Paiva Neto, esteve na porta do Iepic. Não chegou a entrar e permaneceu falando ao telefone. Todos os trabalhadores da escola já haviam sido dispensados pela direção. Segundo os alunos, ele teria dado ordens para que a escola permanecesse fechada e, somente no início da tarde, o refeitório e um único banheiro foi aberto para uso.

Manifestações de apoio

O movimento "ocupa Iepic" tem recebido manifestações de apoio de professores da escola, de docentes e de discentes de outras escolas da rede estadual em greve e de diversos movimentos sociais, da Aduff-SSind e do Sindicato de Trabalhadores em Educação da UFF – Sintuff. "Estou muito emocionada em ver o amadurecimento dos estudantes, porque a estamos unidos por uma luta em defesa da educação pública, que está falida. Nunca consegui ter livro didático para distribuir para alunos de todas as turmas!", conta a professora Renata Oliveira, que ministra a disciplina de História há 12 anos no Iepic.

Solidariedade

Os estudantes do Iepic pedem colaboração à sociedade para manter a ocupação. Necessitam de água, material de higiene (papel higiênico e sabonete), material de limpeza (cloro, desinfetante, sabão em pó, detergente), comida (óleo, macarrão, arroz, feijão, sal e açúcar), colchonete. As doações podem ser levadas diretamente à escola, que fica na Travessa Manoel Continentino, nº32 - São Domingos - Niterói (RJ).

Da REDAÇÃO DA ADUFF
Por Aline Pereira
Fotos: Luiz Fernando Nabuco/ Aduff-SSind

DA REDAÇÃO DA ADUFF

Sete de abril é 'Dia Mundial da Saúde'. Nessa quinta, para marcar a data e dar visibilidade a luta em defesa da saúde pública, gratuita e de qualidade, será realizado um ato, a partir das 9h, com concentração no Maracanã. Após, os participantes seguirão em passeata para o Hospital Universitário Pedro Ernesto - Hupe, em apoio à mobilização dos servidores do hospital-escola da Uerj, em greve por melhores condições de trabalho desde o dia 7 de março.

A atividade é organizada pelo 'Fórum de Saúde do Estado do Rio de Janeiro', que tem denunciado o sucateamento do setor e suas consequências: deficiência no atendimento à população, falta de condições de trabalho, atraso e/ou não pagamento do salário dos trabalhadores, falta de medicamentos e insumos hospitalares, entre outros problemas. A entidade ainda se posiciona contra a privatização da saúde, denunciando os convênios de gestão com empresas de capital privado, entre elas Organizações Sociais - OSs; Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIPs, Fundações de Direito Privado e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - Ebserh.

Projeto enviado em regime de urgência pelo governo federal, PLP 257 atinge todo o serviço público e fixa medidas que podem congelar salários

Da Redação da Aduff
Por Hélcio Lourenço Filho
A reunião das lideranças partidárias e de bancadas da Câmara dos Deputados pautou para as sessões desta semana o projeto de lei complementar que pode levar ao congelamento de salários em todos os serviços públicos e à aplicação de programas de demissão voluntária. O PLP 257/2016 é o terceiro item das matérias que possuem urgência constitucional da sessão desta terça-feira (5). Na véspera, dirigentes sindicais pressionaram lideranças parlamentares para que o projeto não fosse posto em votação.
Enviado sob regime de urgência pela Presidência da República, o projeto que chegou à Câmara no dia 22 de março deverá ser votado em até 45 dias, para então seguir para o Senado, onde o pretendido rito sumário pode se repetir. Há uma convergência entre parlamentares da base governista e da oposição para votar o projeto em função dele instituir uma repactuação das dívidas de estados e municípios com a União.
A proposta do governo, no entanto, estabelece uma série de requisitos para a concessão desse refinanciamento, entre eles o congelamento salarial, aumento das alíquotas de regimes de previdência próprios, instituição de fundo de pensão privado, não criação de novos cargos e até privatização de estatais. Essas ‘regras’ valeriam para servidores estaduais e municipais.
Servidores federais
Para os servidores federais, o PLP 257 fixa medidas que devem ser aplicadas automaticamente sempre que a previsão de economia de recursos do orçamento da União para pagar juros e amortizações das dívidas públicas estiver sob risco de não ser alcançada. São medidas que também atacam os servidores – como congelamento de salários e programas de demissão voluntária, o chamado PDV – e engessam os serviços oferecidos à população, que ficam bloqueados para eventuais expansões.
A aplicação de PDVs foi parte da política do então presidente tucano Fernando Henrique Cardoso (PSDB) na década de 1990 para os serviços públicos. A medida tinha como objetivo reduzir a máquina pública e abrir espaço para o setor privado – teve baixa adesão, mas contribuiu para desvalorização do profissional estatutário e com estabilidade que trabalha no setor público.
Sessões desta terça
A sessão plenária da Câmara, convocada pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para a manhã desta terça-feira (5) está marcada para começar às 9 horas. Mais tarde, a partir das 14 horas, está prevista outra sessão. O tema que deve dominar a sessão matutina é o projeto que prevê a recomposição das comissões da Casa a partir do novo quadro partidário do parlamento, alterado com a recente janela que permitiu que deputados e senadores trocassem de legendas. A sessão de segunda (4) aprovou urgência para o assunto, após acordo que pôs fim à obstrução que estava sendo promovida por alguns partidos. O acordo prevê que a Comissão de Ética não terá a sua composição alterada
Cunha, que é acusado de corrupção e responde a processo no Conselho de Ética da Câmara, poderá comandar as possíveis votações que atingem o servidor público. Dirigentes sindicais devem continuar atuando no Congresso contra a votação.

Professora Eblin Farage, do Serviço Social da UFF, candidata à presidência do Andes-SN, diz é preciso conquistar a categoria e a sociedade para projeto de educação que se contrapõe aos interesses de mercado que se instalaram nas universidades

Com uma longa trajetória de militância e trabalho na área de educação e em movimentos sociais e sindicais, a professora Eblin Farage se prepara para encarar o novo desafio: ela é candidata à presidência do Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes em Instituições de Ensino Superior) pela chapa “Unidade Na Luta”, única inscrita no 350 Congresso da instituição, realizado em janeiro, para assumir o biênio 2016/2017.

Nesta entrevista, concedida ao repórter Hélcio Lourenço Filho, Eblin fala sobre a luta pela democracia nas universidades, da Ebserh, da reestruturação da carreira docente, do relacionamento com os novos docentes, da situação da universidade diante da crise política e econômica e da importância da pauta salarial, mesmo numa conjuntura tão conturbada.

JORNAL DA ADUFF: Vamos ter eleição do Andes num momento crítico da conjuntura. O que você considera o grande desafio para o início de gestão?
EBLIN FARAGE:
A conjuntura já não era favorável um pouco antes dos últimos acontecimentos, que só a agravaram e nos colocam mais desafios. Porque tudo que está em disputa nessa conjuntura são elementos contra o projeto de universidade e educação que a gente defende. Nesse cenário, quem mais perde são as políticas sociais e públicas. E, portanto, os direitos do trabalhador, a saúde, a educação e as demais políticas sociais. Acho que o nosso desfio central é, diante de uma conjuntura como essa e com uma categoria renovada, aglutinar a categoria para a defesa de um projeto de universidade pública, gratuita, de qualidade, socialmente referenciada e financiada pelo estado. Essa universidade que a gente defende está cada vez mais esquivada, deixada de lado pelos projetos do capital em disputa. E pra nós é fundamental reafirmar esse projeto. Mas não para poucos. É necessário que a gente conquiste a categoria. E vá para além: o nosso projeto de educação tem que ser da sociedade.

Há quem considere que existe um distanciamento dos novos professores com relação aos sindicatos. Existe uma perspectiva de trabalho de aproximação?
Quando a gente vê a conjuntura, vê que é uma crise social, uma crise institucional, crise em tudo. A universidade e as representações organizativas não estão fora disso. Estão sofrendo do mesmo mal. A crise de representatividade tem a ver com o próprio histórico, das últimas duas décadas, de desmobilização social, de recuo, de divisão da classe, do projeto Lulo-petista em curso há mais de dez anos. Esse cenário formou uma geração, em sua maioria, sem experiência em organização política e organizações sociais, que entra na universidade pública já na lógica da competição, porque para passar nos concursos públicos, tiveram que ser competitivos. A referência deles não é o sindicato. Acho que um dos grandes desafios que temos é nos apresentar para parte da categoria que ainda não nos tem como referência. E nos apresentar enquanto um projeto de educação, enquanto um projeto de sociedade. E esse diálogo, a gente vai ter que achar formas de fazê-lo de modo real.

Você acha que uma das chaves dessa aproximação está justamente na interação com o projeto, no qual a maioria não tem como referência?
Eu acho que sim. Eu acho que isso tem que ser melhor trabalhado, porque esse docente conhece superficialmente aquilo que às vezes a gente traduz como uma bandeira do nosso projeto. Esse docente novo que vem, como você falou, de outra realidade, muitas vezes de uma universidade privada, e entra na universidade pública imaginando que vai conseguir se realizar enquanto docente e poder fazer ensino, pesquisa e extensão. O projeto em curso, executado pelo governo federal, e que é na verdade o projeto do capitalismo para educação no mundo, sucateia a universidade pública e impossibilita que a universidade mantenha esse tripé. O professor entra encantado, numa fase de namoro com a universidade, como costumo brincar, e rapidamente isso vai por terra quando ele vê que não pode exercer o ensino, a pesquisa e a extensão – ou porque ele vai ficar em sala de aula, com uma sobrecarga de trabalho (há universidade no Brasil que os professores ficam 30 horas em sala de aula. Trinta horas! Muito superior inclusive ao previsto na LDB) ou ele vai ter que cair nas graças das agências de fomento. Só que isso não vai ser para todo mundo. Não tem vaga para todo mundo nesse modelo de universidade e na pós-graduação, nem nas agências de fomento. O nosso desafio é mostrar para todos os professores que eles têm o direito de fazer ensino, pesquisa e extensão e produzir. A gente é contra a seletividade imposta pela pós-graduação ou a imposição de um produtivismo que vem, na maior parte do Brasil, levando adoecimento ao docente. Essa tem sido uma consequência quase imediata do processo de precarização da universidade e de uma imposição de um ritmo exagerado de produção do professor. A gente tem que conseguir formas de falar isso pro professor. Para ele perceber que o que a gente quer é que ele faça tudo que deseja. Só que não só ele individualmente, mas que toda a categoria possa fazer. E que esse projeto de ensino, pesquisa e extensão seja um projeto voltado para a sociedade, e não voltado para a iniciativa privada ou para as empresas, que é um modelo imposto a partir da parceria público-privada, a partir da imposição das contratações por OS [organizações sociais], a partir da imposição das fundações na universidade e por aí vai.

Há uma pressão para que o professor consiga financiamentos. Inclusive com uma história de quem traz alguma coisa para a universidade e quem não traz nada. De que forma é possível o sindicato intervir nessa situação, na qual se estabelece que isso é uma coisa dada, que a vida é assim e que pensar diferente disso é utópico e fora da realidade. Tem como trabalhar outra alternativa a isso?
A primeira questão para nós é construir uma linha de argumentação com os professores que demonstre que aquilo que acontece no seu cotidiano e que parece que é uma ação isolada, que acontece só na sua universidade ou só no seu departamento ou na sua unidade, na verdade faz parte de um projeto maior de contrarreforma da educação. Então, isso para mim hoje é essencial: que o professor entenda que as diferentes fases do processo de sucateamento das universidades, elas estão galgadas no Tratado de Bolonha [documento conjunto assinado pelos ministros da educação de 29 países europeus, reunidos na cidade italiana de Bolonha, em 1999], no projeto de contrarreforma da educação, que vai se materializar no nosso cotidiano de diferentes formas, mas especificamente ela vai ser intensificada a partir de 2012 com a unificação de nossa carreira. Quando o governo abre para diferentes possibilidades de exercício, para além da dedicação exclusiva do professor, ele já está abrindo aquilo que aparentemente é possibilidade, mas que em breve se tornará uma imposição para o professor fazer sua pesquisa e extensão, de que tem que buscar a parceria para poder fazer sua pesquisa. Aí aparece como uma conquista do professor, que ele vai ter liberdade para fazer escolhas. Só que na verdade essa vai ser a condição para ele realizar o tripé ensino, pesquisa e extensão na universidade. Então, tem lá em 2012 um marco importante para a nossa carreira. E depois, na sequência, vem a aprovação da contratação por organizações sociais, que nós por mais de uma década conseguimos barrar na educação; a aprovação da cobrança dos cursos lato-sensu; e fecha agora, em fevereiro, com o Marco da Ciência e Tecnologia, que é uma verdadeira imposição da parceria público-privada. O Marco da Ciência e Tecnologia diz claramente que o setor público vai poder ceder funcionário e espaço para a iniciativa privada, sem nada em contrapartida. Então, se arma todo um cenário para que o professor seja responsável por conseguir os seus recursos. Você pode fazer um evento? Ótimo! A universidade vai te dar todo o incentivo, todo o apoio para fazer o evento, mas quem tem que conseguir o dinheiro é você. E o governo já armou todas as formas para você conseguir dinheiro. Você pode até escolher. Você pode vender sua força de trabalho individualmente para as empresas, fazer um cursinho e cobrar. Você pode agora, com o Marco da Ciência e Tecnologia, fazer uma parceria público-privada e também ganhar algum recurso. A questão é: isso vai ser para todo mundo? Não. Não vai ser para todo mundo porque o mercado não tem interesse em todas as áreas E é fundamental que o professor entenda isso. Eu brinco: será que alguém vai querer investir no Serviço Social?

As Ciências Humanas dançam...
É claro. A gente vai intensificar as desigualdades internas que existem dentro da universidade e intensificar as desigualdades entre as universidades. Acho que isso vai ser assim um dos pontos finais da contrarreforma da educação.

Além disso o financiamento também direciona o que se pesquisa, não?
Claro! Não existe autonomia quando alguém paga, se alguém está pagando para você produzir um conhecimento.

Quem paga a banda escolhe a música...
Sim. E já temos pareceres da Capes e do CNPQ que dizem que aquela linha teórica é uma linha teórica ultrapassada, porque é uma linha teórica de um campo crítico, no campo da teoria crítica. É óbvio: quem paga vai querer direcionar a produção do conhecimento. É importante que a gente deixe claro que somos totalmente a favor da produção do conhecimento, totalmente a favor da pós-graduação, que o professor possa produzir, mas não que ele se torne escravo dessa produção e ou tenha que vender mercadorias para o mercado. Mas que ele possa produzir conhecimento de forma autônoma, o conhecimento que vai servir para a sociedade, não o conhecimento que vai ser direcionado para os interesses do mercado. Acho que essa é que é a grande questão.

Essa mudança do marco mexe muito com a carreira, com relação à dedicação exclusiva e abre a possibilidade do pesquisador, do docente ser ‘cedido’ à iniciativa privada sem perda salarial e ainda recebendo um acréscimo. Num momento de crise, isso vai exercer uma enorme pressão. Como o sindicato pode atuar diante disso?
Acho que existem formas. Mas não existem formas sem organização coletiva. Estou cada vez mais convencida disso. Se nos organizando coletivamente já está difícil barrar o projeto do capital para educação, [imagina sem isso]. É fundamental que a gente se organize coletivamente. Mas é fundamental um outro desafio, porque a educação não vai ser um oásis dentro da sociedade, dentro do capitalismo. Então não adianta pensar que a gente vai defender só a educação. A defesa da educação não pode ser só uma defesa nossa, do setor da educação. Tem que ser uma defesa da sociedade. A gente tem que fazer com que essa bandeira se espalhe pelos movimentos sociais, para outras categoriais, pelos movimentos organizados, porque só aí que a gente vai ter a possibilidade de resistir à contrarreforma da educação e acumular forças para a superação desse sistema que está sendo imposto para a educação. Por isso, voltando ao começo, não existe outra forma senão conquistando os novos professores para esse projeto. Não pode haver um isolamento.

Com relação à conjuntura atual, no que se refere à educação, temos ainda as tentativas de domar o que o professor diz em sala de aula, como o Escola Sem Partido’...
É um absurdo em todos os sentidos. É absurdo porque o estado laico não deveria impor isso. Não deveria pairar sobre o estado laico nem que ele tenha que determinar aquilo que o professor fala ou não fala na sala de aula, nem que ele tenha que definir qual é o modelo de família. A gente vive hoje uma total inversão do que é o estado laico. Esse estado é tudo, menos estado laico. A Escola Sem Partido é um absurdo. E é um absurdo no sentido da educação, no sentido pedagógico. Porque como pedagogicamente é possível, por exemplo, um professor de História explicar a história do país sem passar pelas determinantes do país e do mundo, das forças políticas. A sociedade não paira, não é neutra, sem classes. Só que quando se quer passar a ideia de uma sociedade sem classes, o que predomina é a visão da classe que é soberana. É mais uma forma de impedir uma versão da história da classe trabalhadora, de impedir que a classe trabalhadora se posicione e de mostrar que a história é múltipla, é diversa, é contraditória. Acho que quando a gente ensina, o professor tem essa obrigação. O professor não é um catequizador, sem sombra de dúvidas, e não tenho nenhuma dúvida disso, a educação não pode ser uma forma de catequização. Mas nós professores temos a obrigação de mostrar que as relações sociais não são neutras. E para isso é impossível dar aula sem mostrar o movimento político. Eu não consigo nem pensar em como dar aula com uma lei que me cerceie.

De todo o modo, há muita resistência a esse projeto...
Sim. Até acho que não passa. Em última análise, acho que não passa.

Reforma da Previdência: o governo anunciou que mexeria com servidores e o setor privado, querendo uma idade maior para a aposentadoria...
É mais um golpe na retirada de direitos dos trabalhadores, que eu espero que a gente tenha fôlego, forças, junte a base das diferentes organizações da classe para fazer frente ao governo. A desculpa de sempre é que é deficitário, mas os números que os estudiosos mostram é que não tem déficit na Previdência, mas sim um direcionamento político do que é feito com esses recursos. As últimas reformas da Previdência e essa agora, que tenta aumentar a idade, só demonstram a serviço de quem este Estado e este governo estão.

Com esse cenário político, vai ter espaço para a luta salarial?
Eu acho que o Andes não tem como abrir mão da pauta salarial. Só que o nosso debate pauta salarial tá imbricado num debate de valorização da carreira docente. Então, por isso, que a gente quer discutir a carreira docente. Que não seja uma carreira estipulada por uma tabela como o governo fez em 2012. Nosso debate está centrado numa reestruturação da carreira e que a gente tenha níveis definidos de progressão, e que a gente tente sanar um pouco da desigualdade interna na carreira. E que tenha uma valorização gradual do professor 40 horas, do professor com dedicação exclusiva, do professor-mestre, do professor-doutor, porque essa é a noção que a gente tem de valorizar o professor que queria construir sua carreira, que haja sentido nessa carreira e ele possa progredir.

Tivemos a suposta aprovação da Ebserh, numa sessão fora da universidade, com 70 ou 80 policiais ou guardas municipais, sem o acesso da comunidade, que uma liminar determinava que houvesse, numa votação em que os conselheiros contrários não tiveram direito nem a voz nem a voto. Findo tudo isso, a Reitoria soltou nota dizendo que a democracia venceu na UFF...
O nosso reitor está conseguindo superar negativamente as expectativas. Ele está se mostrando um reitor que não tem nenhum diálogo com o movimento organizado, que não tem disposição de escutar. Ele tem escuta seletiva. Um dos discursos que o Sidney fazia quando era vice-reitor, era de estabelecer espaços de diálogo com o movimento organizado e a comunidade acadêmica. Afirmava que jamais aprovaria algo de modo impositivo. Hoje ele sequer recebe o movimento docente e quando ele era vice-reitor quem recebia o movimento docente era ele. Por várias vezes, nos recebeu no gabinete dele. A gente solicitava audiência e era recebido. Tentamos estabelecer, obviamente apesar de todas as diferenças que tínhamos, uma relação de respeito. Hoje não existe nenhum respeito pelo movimento organizado. Tirar um debate importante de dentro da universidade e receber a comunidade acadêmica com polícia? Isso é simplesmente inadmissível. E todos esses reitores que hoje estão soltando notas a favor da democracia deveriam exercer a democracia dentro das suas instituições de ensino, porque aquilo que a gente quer para o país, a gente tem que querer para a nossa instituição. A forma como a UFF hoje é gerida é extremamente autoritária. Não é transparente, não tem debate e por aí vai. E a gente sabe que existem formas de resistir à [política do governo para as universidades]. Só que não existe vontade política dessa Reitoria de fazer isso. Por isso está sendo tão truculenta e intransigente.

Estamos em meio, como já dissemos, a uma conjuntura difícil, com o governo sofrendo fortes ataques e muito impopular. Não é possível afirmar nem sequer quem será o governo daqui a um mês. E em meio a tudo isso, essas ações todas pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Por que esse interesse tão grande em aderir à Ebserh?
A Ebserh é mais uma forma de atender os interesses da iniciativa privada. Vai ter um outro gestor, vai ter contratos que não passam dentro da universidade, vai ter contratação de pessoal que não passa por dentro da universidade, vai ter uma empresa. Só que é uma empresa que já vem com o acúmulo de conhecimento que os hospitais universitários têm e que quase ninguém tem. Quem produz conhecimento na área de medicina são as instituições públicas. Então é uma empresa que já nasce robusta e com um acúmulo enorme de matéria-prima, que é o conhecimento nessa área. Uma empresa que já nasce com equipamentos, com pessoal muito capacitado. E ela agora só vai precisar vender serviço. Então ela é muito interessante para o capitalismo. É um projeto para atender os interesses do mercado e do capitalismo. E aí é pouco importante se é o PT que vai ficar ou se é outro partido. A cartilha é a mesma.

Mas a resistência vai continuar?
A resistência vai continuar. Assim como a gente continua resistindo à [reforma da] Previdência e tentamos a revogação da Funpresp. Não tem empresa nessa lógica do capitalismo que vai dar conta disso. Ou os hospitais universitários vão deixar de ser hospitais universitários ou eles vão fracassar.

foto: Eblin durante assembleia na UFF - crédito: Luiz Fernando Nabuco/Aduff-SSind

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