Noticias 2016

Ato defendeu liberdade para Rafael, no segundo julgamento do jovem preso e condenado após os protestos de junho de 2013
DA REDAÇÃO DA ADUFF
O que aconteceu com ele é típico caso de discriminação racial. Assim Diego Ramos, capoeira do grupo Vadiagem do Valonguinho, explicou as razões que o levaram ao ato cultural em frente ao Fórum da Justiça do Rio de Janeiro, na tarde de quarta-feira (11), data da segunda audiência de instrução do segundo julgamento de Rafael Braga, o jovem negro preso e condenado em meio às manifestações de junho de 2013.
Iniciado no início da tarde, o ato se estendeu até pouco após a audiência, realizada na 39ª Vara Criminal, no oitavo andar da sede da Justiça. A apresentação da roda de capoeira – que reuniu capoeiras de diferentes grupos – se estendeu por boa parte da tarde. Atrás do grupo, uma faixa estendida, com os traços do rapaz desenhados em tinta preta, resumia a mensagem: “Liberdade para Rafael Braga, novamente vítima de flagrante forjado”.
Flagrante que Diego, do grupo de capoeira Vadiação do Valonguinho, não tem dúvidas de se enquadrar no roteiro jovem negro, pobre e favelado. Características que os manifestantes e advogados do caso enquadram como típicas do perfil padrão usado por uma política de segurança pública que criminaliza a pobreza e, mais ainda, quem ousa lutar contra esse quadro social. “É o estereótipo clássico da criminalização da pobreza. É uma Justiça Criminal que está focada [no sujeito] e não nos fatos”, disse o advogado João Henrique Tristão, da equipe que assiste a Rafael, do Instituto de Defensores dos Direitos Humanos (DDH).
Familiares do rapaz também participaram do ato. A mãe, Adriana Braga, assistiu à audiência, na qual um dos policiais que atuaram na detenção dele na Vila Cruzeiro, no Complexo do Alemão, prestou depoimento, como testemunha da acusação.
Rafael Braga foi preso em 20 de junho de 2013, ao final do maior, e mais reprimido pelas forças policiais, ato das manifestações que tomaram as ruas do país naquele ano. Carregava garrafa com o desinfetante Pinho Sol. Foi acusado de portar produto explosivo, julgado e condenado – apesar de perícia técnica constatar que o produto possuía “baixíssimo” potencial explosivo e de nem sequer ter sido acusado de lanças o ‘artefato’ contra algo ou alguém.
Ao final do ano passado, Rafael obteve o direito à liberdade condicional. Estava com a tornozeleira eletrônica quando foi abordado por policiais militares, que o acusaram de traficar drogas. Embora a única prova contra Rafael seja o depoimento dos policiais, o Código Penal brasileiro permite que a simples declaração de um policial seja usada como prova suficiente para incriminar o réu.
Em março, na audiência de instrução anterior, uma testemunha afirmou que Rafael não portava qualquer objeto quando foi detido com violência pelos policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).

Jovem preso nos protestos de junho de 2013 passa por segundo julgamento, também apontado como injusto por entidades populares

DA REDAÇÃO DA ADUFF

A mobilização pela liberdade para Rafael Braga, o jovem negro preso e condenado nas manifestações de junho de 2013, terá mais um ato público nesta quarta-feira (11), no início da tarde, pouco antes da segunda audiência de instrução do segundo julgamento a que está sendo submetido desde os protestos daquele ano.

O ato será em frente ao Tribunal de Justiça do Rio, na av. Presidente Antonio Carlos, próximo à Praça XV, no início da tarde. A audiência de instrução está marcada para acontecer às 14h30. A manifestação desta tarde será um sarau, com apresentação de artistas que defendem a revogação do que consideram uma injustiça.

O catador de latas e outros produtos recicláveis Rafael Braga foi preso em 20 de junho de 2013, em meio ao maior ato das manifestações que tomaram as ruas do país naquele ano. Carregava garrafa com o desinfetante Pinho Sol. Foi acusado de portar produto explosivo, julgado e condenado – apesar de perícia técnica ter constatado que o produto possuía “baixíssimo” potencial explosivo.

No fim do ano passado, Rafael obteve o direito à liberdade condicional. Usava tornozeleira eletrônica quando foi abordado por policiais militares, que o acusaram de tráfico de drogas. A única ‘prova’ contra Rafael é o depoimento dos policiais. Na audiência de instrução anterior, uma testemunha afirmou que Rafael não portava qualquer objeto quando foi detido com violência pelos policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), da Vila Cruzeiro, no Complexo do Alemão. Nesta quarta, será ouvido um dos policiais que o prenderam.

A Aduff apoia a campanha pela liberdade para Rafael Braga e contra a criminalização das lutas sociais e sindicais.

Eleições para Aduff-SSind, Andes-SN e Conselho de Representantes terminam nesta quarta-feira (11)

DA REDAÇÃO DA ADUFF

Os professores aposentados devem exercer o seu direito de voto e interferir na atuação, no posicionamento político e nas direções seguidas pela entidade classista que lhe representa sindicalmente. É o que afirma a professora Sonia Lucio, que integra a atual direção da Aduff-SSind e que não estará na próxima diretoria.

Ela faz um chamado aos aposentados que ainda não votaram para que o façam nas eleições que se encerram na noite desta nesta quarta-feira (11). "Essa é uma geração que construiu esse sindicato. E que não vai deixar de ser construtora do seu sindicato, até porque a vida pós trabalho permanece ordenada pelas relações de trabalho. O professor aposentado deve interferir e fortalecer o sindicato, no direcionamento político que essa direção vai tomar", disse Sônia, que é professora do Serviço Social da UFF.

As eleições para a Aduff-SSind e o Andes-SN acontecem simultaneamente, assim como para definição dos conselheiros que vão formar o Conselho de Representantes. São 40 urnas coletoras de votos em todos campi de Niterói e das demais cidades onde a UFF se encontra. Há ainda uma urna na sede do sindicato, na rua Lara Vilella 110, em São Domingos. Aos sindicalizados aptos a votar, basta apresentar um documento de identificação.

Terminam nesta quarta (11) as votações para as próximas direções da Aduff-SSind, do Andes-SN e do Conselho de Representantes

DA REDAÇÃO DA ADUFF

Os professores da Universidade Federal Fluminense têm até esta quarta-feira (11) para votar nas eleições que estão definindo as próximas direções da Aduff-SSind, do Andes-SN e do Conselho de Representantes da seção sindical. Há 40 urnas coletando votos em todos os campi da Universidade Federal Fluminense em Niterói e nas demais cidades do estado. A votação teve início na manhã da terça-feira (10).

Todos os eleitos estarão à frente de seus cargos para o biênio 2016/2018. São eleitores todos os docentes da UFF filiados à Aduff que se sindicalizaram até o dia 15 de março de 2016. De acordo com o Regimento Eleitoral, a identificação do eleitor será feita mediante qualquer documento de identidade. Chapas únicas disputam cada uma das eleições.

A Comissão Eleitoral e a direção da Aduff vêm ressaltando que a participação dos docentes é importante para fortalecer as entidades sindicais, em um momento de muitos ataques à universidade pública e aos servidores.

Informações sobre o processo eleitoral:

Roteiro das urnas: http://aduff.org.br/_novosite/noticias/…

Nominata das chapas:

Eleição Aduff-SSind: http://aduff.org.br/_novosite/noticias/…
Eleição do Andes-SN: http://portal.andes.org.br/…/noticias/imp-pri-1419587547.pdf

Blogues das chapas:

Eleição no Andes-SN: Chapa 1 “Unidade na Luta”
-https://andeschapa1.wordpress.com/

Eleição na Aduff-SSind: Chapa 1 “Democracia e Luta, em defesa dos direitos sociais, do serviço público e da democracia interna”
http://democraciaelutaaduff.blogspot.com.br/

Eleições simultâneas elegem as próximas direções da Aduff-SSind, do Andes-SN e os integrantes do Conselho de Representantes
DA REDAÇÃO DA ADUFF
As eleições para as próximas direções da Aduff-SSind, do Andes-SN e do Conselho de Representantes da seção sindical começaram na manhã desta terça-feira (10) e prosseguem até quarta-feira (11). São 40 urnas coletoras de votos em todos os campi da Universidade Federal Fluminense em Niterói e nas demais cidades do estado.
Todos os eleitos estarão à frente de seus cargos para o biênio 2016/2018. São eleitores todos os docentes da UFF filiados à Aduff que se sindicalizaram até o dia 15 de março de 2016.
De acordo com o Regimento Eleitoral, a identificação do eleitor será feita mediante qualquer documento de identidade. Chapas únicas disputam cada uma das eleições. A Comissão Eleitoral e a direção da Aduff observam que a participação dos docentes é imjportante para fortalecer a sentidades sindicais, em um momento de muitos ataques à universidade pública e aos servidores.
Roteiro das urnas, clicar aqui
Nominata das chapas:
Eleição Aduff-SSind, Chapa 1 clicar aqui
Eleição do Andes-SN, Chapa 1, clicar aqui
Blogues das chapas:
Eleição no Andes-SN: Chapa 1 - Unidade na Luta
Atividades convocadas pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Federais ocorrem de 10 a 13 de maio em Brasília e também vão defender reajustes salariais
DA REDAÇÃO DA ADUFF
O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais organiza uma semana de atividades no Congresso Nacional tendo como objetivo central defender o arquivamento do PLP 257/2016. Também pretendem pressionar pela aprovação de projetos salariais enviados pelo governo ao legislativo no ano passado, após as greves de vários segmentos do setor público, e que estão paralisados na Câmara dos Deputados. O projeto de lei complementar 257 reduz direitos do funcionalismo e afeta o orçamento e o funcionamento dos serviços públicos.
Entidades sindicais do funcionalismo estão sendo convocadas a enviar delegações a Brasília de 10 a 13 de maio, em esforço concentrado para pressionar deputados e senadores. A semana deve ser tumultuada e intensa na capital federal, já que o plenário do Senado pode decidir, na quarta-feira (11), sobre o afastamento ou não da presidente Dilma Rousseff por até 180 dias do cargo, para abertura de processo de impeachment contra ela.
O PLP 257 é um projeto remetido pela presidente ao Congresso Nacional que altera a Lei de Responsabilidade Fiscal, renegocia o pagamento das dívidas dos estados com a União e ainda possui itens que beneficiam grandes empresas exportadoras e bancos, ao modificar certos aspectos da legislação nestas áreas. Ele foi enviado em regime de urgência constitucional pelo governo, o que faz com que tenha que ser apreciado em até 45 dias pela Câmara e possa ser votado direto no plenário.
O projeto pode levar, caso seja convertido em lei, ao congelamento de salários de servidores nas três esferas de governo, à suspenção de concursos públicos, à nivelação por baixo dos regimes estatutários de servidores nos estados e ao corte de benefícios. Também aponta para a retração dos serviços públicos prestados à população, já que, a depender da situação fiscal, o Estado fica proibido de investir para expandir a sua atuação.
A proposta retoma o programa de privatizações de estatais nos estados e pode fomentar a terceirização ao vedar concursos públicos. As despesas com empresas terceiras que fornecem mão de obra terceirizada, aliás, passam a integrar os gastos do ente federado com pessoal para efeitos da limitação orçamentária prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal.
O Fórum dos Federais divulgou boletim explicando os objetivos da semana de mobilização no Congresso. "Conclamamos todas as entidades e pessoas a se somarem aos setores organizados da sociedade civil que se dispõem a lutar para que esses direitos não sejam usurpados", diz trecho do material. "É possível barrar mais esse ataque absurdo aos trabalhadores e trabalhadoras, que garantem arduamente os serviços públicos. Para isso, é imprescindível o esforço conjunto para a participação de delegações representativas das esferas municipal, estadual e federal, com caravanas a Brasília na semana de 10 a 13 de maio", diz mais adiante o texto da convocatória.
Reunião na sede do Andes-SN, o sindicato nacional dos docentes das instituições públicas de nível superior, a partir das 9 horas da terça-feira (10), deverá definir como será a ida conjunta ao Congresso Nacional. A sede do Andes-SN fica no Setor Comercial Sul, Quadra 2, Edifício Cedro II, no 3º andar.
Candidato à presidência da Aduff-SSind pela chapa única , o professor Gustavo Gomes fala sobre os desafios da próxima gestão e da situação da universidade diante da crise política e econômica
Candidato à presidente nas eleições para direção da Aduff-SSind, o professor Gustavo Gomes, do Serviço Social da UFF, não vê caminho isolado para os docentes das universidades públicas enfrentarem a crise, os cortes orçamentários e a continuidade – que, ao que tudo indica vai piorar – das políticas que restringem cada vez mais as margens de atuação dos serviços públicos. Para ele, é preciso aprofundar a organização interna da categoria e firmar alianças com os demais servidores, com os movimentos sindicais e sociais para agregar forças na defesa de todos os direitos da classe trabalhadora. Gustavo destaca que os campi de Niterói e de fora da sede estão bem representados na Chapa 1 – “Democracia e Luta, em Defesa dos Direitos Sociais, do Serviço Público e da Democracia Interna”, que se constitui em um coletivo que pretende renovar e, ao mesmo tempo, fortalecer a tradição democrática da Aduff-SSind.
JORNAL DA ADUFF - A próxima gestão enfrentará um momento particularmente delicado na conjuntura. Provavelmente a presidente Dilma já estará afastada provisoriamente quando a nova diretoria assumir. O que muda? Quais os principais desafios que você observa para os trabalhadores e o sindicato?
GUSTAVO GOMES - Enfrentamos uma conjuntura muito difícil para aqueles que defendem o direito à educação como função primordial do Estado numa sociedade brasileira tão marcada pela injustiça e desigualdade brasileira. Durante a longa greve de 2015, já enfrentamos uma intransigência do governo Dilma em negociar nossa pauta nos pontos referentes, por exemplo, à melhoria das condições de trabalho, à conclusão das obras de expansão e à abertura de novos concursos para técnicos e docentes. Vimos sucessivos contingenciamentos dos recursos de investimento e custeio das IFEs [Instituições Federais de Ensino], enquanto se aumentava o repasse bilionário do orçamento para as instituições privadas de ensino via Fies e Prouni. Isso afetou drasticamente o pagamento de bolsas, as atividades de extensão e as condições de ensino. O provável desfecho da crise política com o impeachment da presidenta não melhorará em nada esse cenário. O golpe institucional pretendido pela direita reacionária pretende acelerar ainda mais as contrarreformas do Estado, com a retirada dos direitos trabalhistas dos servidores, dos direitos sociais e outras conquistas democráticas da maioria população brasileira. Por isso, a organização dos trabalhadores e a atuação ativa dos sindicatos assumem importância decisiva no próximo período.
A chapa traz o seu nome como presidente, que já integrava a gestão que se encerra, mas também muitos docentes que não estavam na direção. A chapa é de continuidade ou renovação?
Eu faço parte da atual diretoria do sindicato e funcionamos de forma colegiada, respeitando a soberania das decisões da categoria aprovadas em assembleia e os princípios de independência e autonomia do Andes diante dos governos, reitorias e partidos políticos. Nesse sentido, pretendemos dar continuidade a essa forma colegiada de funcionamento. Contudo, por outro lado, a nossa chapa para o próximo biênio expressa a renovação da categoria docente e a realidade da multicampia na UFF. A maioria da chapa é de professores que estarão participando pela primeira vez da direção do sindicato e muitos lecionam nos campi fora de sede. Estaremos, assim, em melhores condições para intensificar o diálogo com a totalidade da categoria.
Há quem considere que boa parte dos novos docentes está afastada do sindicato. O que acha? Há algo a ser feito nesse aspecto?
A Aduff tem registrado um crescimento de docentes sindicalizados nos últimos anos. Nossa representação é uma das mais expressivas do Brasil com centenas de filiados ao sindicato. Contudo, de fato, é necessária uma aproximação com os docentes mais jovens que ingressam na universidade já com a vivência da precariedade do trabalho nas instituições privadas de ensino e da repressão à liberdade de organização e crítica. Esses docentes foram os primeiros atingidos pela desestruturação da carreira, pela retirada do direito à aposentadoria integral com a Funpresp, pelo assédio moral e falta de democracia. Mesmo assim, muitas vezes, desconhecem seus direitos e não possuem uma cultura de organização e resistência. Por isso, intensificar o trabalho de base junto aos novos professores será uma prioridade da próxima gestão.
O momento é de unidade com outros setores do funcionalismo e dos movimentos sociais e sindicais ou o melhor é procurar concentrar esforços nas questões específicas e locais?
As duas ações são necessárias e complementares. As questões específicas e locais são resultado da diminuição dos recursos para educação, da política de privatização e da adesão dos reitores ao projeto de sucateamento dos serviços públicos. Esses problemas locais, que causam tanta indignação a todos nós, somente serão resolvidos se combatidos através de articulação nacional. Esta mobilização nacional, por sua vez, somente será possível a partir da denúncia local e cotidiana das condições de trabalho e estudo nas IFEs do Brasil.
A próxima direção de cara enfrentará a ameaça do PLP 257, enviado pela presidente Dilma mas que, na essência, traz propostas que Michel Temer (PMDB) também vem defendendo. Isso preocupa?
Essa é uma das principais preocupações nossas e do Andes. O projeto, que tramita com celeridade por conta do caráter de urgência, pretende desmontar os serviços e a carreira pública. Privatizações, contingenciamento dos recursos orçamentários da educação, congelamento de salários, aumento da contribuição previdenciária dos servidores, suspensão de concursos públicos e até demissão de servidores estáveis são algumas das propostas contidas no projeto. No próximo período, será fundamental a mobilização dos docentes em unidade com os demais servidores e trabalhadores da iniciativa privada para barrar esse retrocesso.
Como fica a luta salarial e pela carreira diante da crise econômica e política?
Mais do que nunca a luta salarial e pela carreira assume uma dimensão política maior porque o projeto em curso avança no sentido oposto à valorização dos serviços públicos e dos servidores públicos. A manutenção dos serviços públicos é condição indispensável para garantir o acesso da maioria da população a educação e melhores condições de vida. Ampliar a democracia no Brasil pressupõe considerar fundamentais os direitos sociais à educação e à saúde. Portanto, não há democracia no Brasil sem serviços públicos, gratuitos e de qualidade para toda a população. A luta dos servidores públicos se confunde então nesse momento com a defesa da própria democracia.
“Truculência da Reitoria marcou cessão do Huap à Ebserh”
Qual avaliação você faz do processo de cessão do Hospital Universitário Antonio Pedro à Ebserh? A Reitoria diz que os sindicatos foram intransigentes…
O reitor, em sua primeira reunião com a atual diretoria, estabeleceu dois compromissos: suspender a expansão universitária enquanto não fossem concluídas todas as obras iniciadas e não transferir o Hospital Universitário Antonio Pedro para Ebserh sem antes um debate franco e aberto com as entidades sindicais e a comunidade acadêmica. Fiquei muito decepcionado, pois esperava que o reitor honrasse os compromissos assumidos voluntariamente. Muitas obras permanecem inacabadas e criou-se o campus de Petrópolis. Quanto à Ebserh, o procedimento foi emblemático em relação ao descaso com as instâncias e a comunidade acadêmica. Cerceamento aos debates, truculência policial, votações fraudadas foram a metodologia adotada com o objetivo de transferir o Huap para uma empresa de direito privado que fere o Regime Jurídico Único dos servidores e a autonomia universitária.
Há algo a ser feito ainda com relação à Ebserh?
A assinatura do contrato com a Ebserh foi ilegítima, pois não houve votação no CUV e contagem de votos. Vários colegiados estão aprovando moções denunciando que os representantes não puderam votar embora estivessem presentes. A assessoria da Aduff está estudando as medidas cabíveis. Outra prioridade é reverter as medidas da empresa que já estão piorando o atendimento aos usuários e o desenvolvimento das atividades de ensino e pesquisa. O problema de má-gestão e subfinanciamento do hospital foram agravados após a assinatura do contrato, com a demissão de dezenas de contratados e o fechamento de leitos.
Com a provável mudança de governo, é previsível que a presidência da Ebserh mude de mãos. Isso pode fazer alguma diferença?
Caso se confirme o golpe institucional, o novo governo pode se utilizar da perda da autonomia universitária para negociar os cargos de gestores e diretores da empresa para saciar a cobiça dos políticos aliados que ajudaram a aprovar o impeachment.
“Com as OS, as universidades podem ser o próximo alvo da privatização das políticas sociais”
As organizações sociais são uma ameaça para a universidade pública?
São uma das maiores ameaças. A experiência das organizações sociais, já aplicadas largamente nos serviços de saúde, demonstra que as mesmas aumentam a corrupção, o clientelismo e o desvio de recursos públicos, precarizam o trabalho dos servidores e prejudicam o controle social sobre os serviços. Por isso, a luta contra as organizações sociais tem sido a principal luta de movimentos como a Frente Nacional contra a Privatização da Saúde. Na prática, a OS extingue a contratação de servidores com estabilidade e desvincula o orçamento das áreas sociais. O vice-presidente Michel Temer e governadores aliados têm defendido e implementado essa via em Estados, como o de Goiás, para gestão privada também na educação. Isso significa que as universidades podem ser o próximo alvo da privatização das políticas sociais.
E o novo marco de ciência e tecnologia para a pesquisa na universidade e no país, o que significa?
Significa um desastre. O novo Código de Ciência e Tecnologia vincula os objetivos da universidade às finalidades lucrativas das empresas comerciais. Transforma o conhecimento produzido nas universidades em mercadorias como outra qualquer. Transforma os departamentos e núcleos de pesquisa em balcões de negócios. Por fim, flexibiliza o regime de dedicação exclusiva com a finalidade de, a médio prazo, extinguir com essa importante conquista da carreira docente.
A questão da democracia na universidade seguirá sendo algo central na atuação da Aduff?
Sim. Por isso, destacamos no lema da chapa a defesa da democracia. Como mencionei anteriormente, a defesa dos direitos sociais e dos serviços públicos se confunde com a defesa das conquistas democráticas. Nenhuma solução para os problemas da UFF e das universidades se apresentará sem a ampla participação da comunidade acadêmica e dos trabalhadores em geral. A importância do sindicato nesse momento se destaca como canal para participação crítica e defesa dos direitos sociais e democráticos.

Eleições para Aduff-SSind e Andes-SN acontecem nos dias 10 e 11 de maio

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por: Aline Pereira
Foto:  Saudação dos candidatos na plenária no Serviço Social
crédito: Luiz Fernando Nabuco/Aduff

O combate à precarização das condições de trabalho nas universidades públicas será um dos principais desafios das próximas direções sindicais. É o que afirma a professora do Serviço Social da UFF Eblin Farage, candidata à presidência do Sindicato Nacional (Andes-SN), pela chapa única que concorre nas eleições previstas para os dias 10 e 11 de maio.

Em campanha eleitoral pelo país, Eblin disse ter visto realidades de profunda precarização na Educação Superior, enfatizando a urgência em se defender, de forma cada vez mais aguerrida, o modelo público, gratuito e de qualidade do ensino.

A professora mencionou a necessidade de que professores, estudantes e técnicos se unam às outras categorias do serviço público e da sociedade em geral para lutarem contra o cenário que se avizinha, que aponta para mais supressão de direitos sociais, a exemplo do Projeto de Lei Complementar 257/2016, que prevê congelamento de salários, concursos públicos, alterações nos regimes estatutários dos servidores estaduais e mais privatização.

As declarações foram dadas na saudação feita por ela e o candidato à presidência da Aduff-SSind, Gustavo Gomes, aos participantes de uma das plenárias da III Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária, realizada no auditório do Serviço Social da UFF, na quarta-feira (4). A jornada ocorre nas instituições de ensino superior de 25 de abril a 18 de maio, marcando os 20 anos do massacre de Eldorados dos Carajás (Pará).

O professor Gustavo Gomes alertou para o avanço de pauta conservadora no Congresso, que vai além do PLP 257. Ele também destacou a importância de defender o respeito às instancias democráticas no âmbito universitário, mencionando o que fez a Reitoria da UFF, que, recentemente, aprovou de forma controversa e questionada a cessão do Hospital Antonio Pedro à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), atropelando o regimento do Conselho Universitário e recorrendo à Polícia Militar para reprimir a comunidade acadêmica.

As eleições da Aduff-SSind e do Andes-SN ocorrem simultaneamente, assim como a escolha dos integrantes do Conselho de Representantes da seção sindical, nos dias 10 e 11 de maio, em todos os campi da UFF. Todos os eleitos estarão à frente de seus cargos para o biênio 2016/2018. A chapa “Unidade na Luta” é a única inscrita pela eleição nacional. A chapa “Democracia e Luta, em Defesa dos Direitos Sociais, do Serviço Público e da Democracia Interna” concorre à direção da Aduff-SSind.

Quem vota?

São eleitores todos os docentes da UFF filiados à Aduff-SSind, que se sindicalizaram até o dia 15 de março de 2016. De acordo com o Regimento Eleitoral, a identificação do eleitor será feita mediante qualquer documento de identidade. Os locais e horários de votação divulgados pela Comissão Eleitoral estão na página da Aduff na internet (www.aduff.org.br).

A Biblioteca Central do Gragoatá completou, em janeiro de 2016, 22 anos de funcionamento sem receber obras de manutenção, com problemas nas instalações elétricas e no sistema de ar-refrigerado e com mobiliários e equipamentos de informática obsoletos. O descaso, que tem provocado uma série de impactos negativos para funcionários e usuários das bibliotecas da UFF, não é exclusividade da unidade central do Gragoatá. Por toda a universidade, estudantes, professores e técnicos administrativos convivem com a precariedade nas bibliotecas.
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Lara Abib

Na tarde de quinta (05), a Comissão de Bibliotecários e Arquivistas da Universidade Federal Fluminense (UFF) realizou – com o apoio do Sintuff - um ato simbólico de “abraço” à Biblioteca Central do Gragoatá - BCG, para protestar contra as condições precárias de infraestrutura das Unidades de Informação em toda a universidade.

De acordo com trabalhadores que compõem a Comissão de Bibliotecários e Arquivistas da UFF, o estopim para o ato realizado nesta quinta foi o término do contrato com a empresa Nova Rio e a perda de  53 funcionários terceirizados, que exerciam função de atendimento e balcão nas unidades de informação da UFF. “A chefia queria colocar a gente para assumir o posto dessas pessoas, mas só a BBC do Gragoatá atende - entre curso de graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado - 90 cursos; é uma quantidade de trabalho enorme. O MEC avalia os cursos o tempo todo e os departamentos cobram que as bibliografias estejam em dia, que material ‘x e y’ estejam na base correta; a gente não pode simplesmente descer para atender, temos demandas própria de trabalho, além de ter formação para trabalhar com informação e não em atendimento e balcão”, explica Gilda Alvarenga, bibliotecária da Biblioteca Central do Gragoatá há oito anos.

Ela conta que desde que chegou à Biblioteca, o sistema de ar-condicionado não funciona. “Ele funciona dois ou três meses e depois ficamos sem ar-condicionado de novo. A biblioteca é uma estufa, a gente trabalha em condições desumanas; no verão a temperatura interna supera os 40 graus, o ambiente é insalubre, não há qualquer política de higienização dos acervos. Não são um ou dois anos, é uma década de sofrimento. A gente até entende que as superintendências e as chefias vivem reiterando memorandos que são engavetados pela reitoria, eles estão sempre dizendo que estão resolvendo, estão providenciando, mas os anos passam e nada acontece. Nas redes sociais a gente vê as coisas acontece na UFF como se a universidade fosse o primeiro mundo, mas quando a gente está aqui dentro a gente vê que dos 4 bebedouros da Biblioteca Central, apenas 1 funciona. Quando a gente vai ao banheiro, vê pia vazando, carrapeta quebrada, sifão escangalhado, vidraças quebradas há mais de dez anos.  Quando chove, os buracos dos ar-condicionados jorram água porque a empresa que instalou o ar-condicionado central não fez o acabamento correto.  A gente não aguente mais viver isso cotidianamente e ouvir da gestão da universidade que não é bem assim, que vai resolver e não resolve. Por isso nós resolvemos que não vamos mais esperar, vai ter luta e vai ter barulho até a reitoria resolver a situação das bibliotecas na UFF”, completa.

No ato, a presidente da Aduff-SSind e professora do curso de História da UFF, Renata Vereza, ressaltou a importância das bibliotecas na formação universitária e ressaltou o apoio da seção sindical dos docentes da UFF ao movimento dos bibliotecários e arquivistas. “Fui estudante da UFF, lembro da inauguração da Biblioteca Central do Gragoatá e me parte o coração ver o prédio nesse estado de conservação.  A biblioteca foi fundamental na minha formação e continua sendo fundamental na formação dos meus alunos. Não é só um espaço de depósito de livros, é um espaço  de formação acadêmica; as bibliotecas e os profissionais que trabalham nelas são tão fundamentais quanto os docentes e os outros técnicos administrativos na formação dos alunos. Quando a gente fala em formação de qualidade, estamos pensando em todo o processo que dá suporte ao ensino, pesquisa e extensão, e não só na sala de aula”, disse.

Gustavo Gomes, candidato a presidência da Aduff-SSind pela chapa “Democracia e Luta, em defesa dos direitos sociais, do serviço público e da democracia interna”, biênio 2016-2018, garantiu que a próxima direção da seção sindical continuará apoiando a luta dos trabalhadores da UFF e registrou que o problema de má conservação e falta de estrutura das bibliotecas não é só um problema de contingenciamento do governo federal, mas também um problema de gestão da universidade. “Estivemos juntos com Sintuff em uma reunião com o reitor, uma das primeiras quando ele assumiu a reitoria da UFF e Sidney se comprometeu a não manter o processo de expansão precarizado da universidade sem antes solucionar os problemas dos prédios não concluídos, da falta de estrutura, da precariedade das instalações elétricas  dos prédios. E o que nós vimos? A abertura de um novo campus em Petrópolis sem nenhuma estrutura, sem  qualquer debate com a comunidade universitária, sem nenhum balanço quanto a isso. Não adianta ampliar o acesso dos alunos à universidade se a própria instituição não conseguir garantir condições mínimas para a formação acadêmica, como bibliotecas decentes, computadores, professores e técnicos que deem suporte ao trabalho do estudante”, encerrou.

Foto: Luiz Fernando Nabuco/Aduff-SSind

Foto: Reprodução de Facebook - Detalhe da inundação que afetou a Biblioteca da Economia, em novembro de 2015.
Veja mais em: http://aduff.org.br/_novosite/noticias/…

Nessa quinta (5), às 14h, acontece um 'Abraço Simbólico' à Biblioteca Central do Gragoatá - BCG, como forma de protesto contra as condições precárias de infraestrutura das Unidades de Informação de toda a Universidade Federal Fluminense. O convite à comunidade é feito pela Comissão de Bibliotecários/Arquivistas da UFF, conta com o apoio do Sintuff e da Aduff-SSind.

A BCG completa 22 anos de funcionamento sem receber obras de manutenção; faltam conservação em suas instalações, sistema de ar-condicionado, adequação da rede elétrica, substituição de mobiliários e equipamentos de informática, entre outras deficiências. Tal descaso tem provocado uma série de impactos negativos para funcionários e usuários da biblioteca central, como também os das demais unidades de informação da UFF, que convivem com o mesmo estado de abandono e precariedade nas instalações.

De acordo com os servidores técnico-administrativos, as chefias da BCG e da Superintendência de Documentação da UFF têm encaminhado diversos memorandos à Administração Central, solicitando providências para a grave situação que afeta toda a comunidade universitária.

As eleições para a próxima direção da Aduff-SSind, do ANDES-SN e do Conselho de Representantes da entidade sindical acontecem simultaneamente, nos dias 10 e 11 de maio, em todos os campi da UFF. Todos os eleitos estarão à frente de seus cargos para o biênio 2016/2018. Participe! São eleitores todos os docentes da UFF filiados à ADUFF que se sindicalizaram até o dia 15 de março de 2016. De acordo com o Regimento Eleitoral, a identificação do eleitor será feita mediante qualquer documento de identidade.

-Visite o blog das chapas e conheça as propostas dos candidatos:

Chapa 1 "Unidade na Luta", única inscrita para disputar a eleição à direção do ANDES-SN -https://andeschapa1.wordpress.com/
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Chapa 1 "Democracia e Luta, em defesa dos direitos sociais, do serviço público e da democracia interna”, única inscrita para disputar a eleição à direção do Aduff-SSind - http://democraciaelutaaduff.blogspot.com.br/
Mapa de votação
Confira abaixo o mapa com os horários e locais das urnas divulgado pela Comissão Eleitoral:
Seções Locais Horários de funcionamento Colégios Eleitorais

01

ADUFF-SSind 10 às 18h Aposentados
02 ICHF (Inst. Ciências Humanas e Filosófia) – (Gragoatá) 10h às 20h ICHF
03 Inst. de Psicologia

(Gragoatá)

10h às 20h Inst. Psicologia
04 Inst. de Letras

(Gragoatá)

10h às 20h Inst. de Letras
05 Esc. de Serviço Social – Niterói

(Gragoatá)

10h às 20h Esc. de Serviço Social Niterói
06 Fac. de Economia

(Gragoatá) – Bl. F

10h às 20h Fac. de Economia
07 Fac. de Educação

(Gragoatá)

10h às 20h Fac. de Educação
08 Inst. de Educação Física

(Gragoatá)

10h às 20h Inst. de Educação Física
09 Fac. de Turismo e Hotelaria

(Gragoatá)

10h às 20h Fac. de Turismo e Hotelaria

10 Esc. de Engenharia

(Praia Vermelha)

10h às 20h Esc. de Engenharia
11 Inst. de Computação

(Praia Vermelha)

10h às 20h Inst. de Computação
12 Inst. de Física

(Praia Vermelha)

10h às 20h Inst. de Física
13 Esc. de Arquitetura e Urbanismo

(Praia Vermelha)

10h às 20h Esc. de Arquitetura e Urbanismo
14 Inst. de Geociências

(Praia Vermelha)

10h às 20h Inst. de Geociências
15 Inst. de Matemática

(Valonguinho)

10h às 20h Inst. de Matemática
16 Fac. de Administração e Ciências Contábeis/ Fac. Odontologia I (Valonguinho) 10h às 20h Fac. de Administração e Ciências Contábeis/

Fac. Odontologia I

17 Fac. de Odontologia II

Prédio Individual

(Valonguinho)

10h às 20h Fac. Odontologia II

Prédio Individual

18 Inst. de Biologia

(Valonguinho)

10h às 18h Inst. de Biologia

(Valonguinho)

19 Inst. de Química

(Valonguinho)

10h às 18h Inst. de Química

(Valonguinho)

20 Fac. de Nutrição

(Valonguinho)

10h às 18h Fac. de Nutrição

(Valonguinho)

21 Inst. Biomédico

(R. Prof. Hernani Mello, 101,

S. Domingos, Niterói - RJ)

10h às 18h

Inst. Biomédico

22

HUAP (Hosp. Universitário Antonio Pedro)

R. Marques do Paraná, 303, Centro,

Niterói – RJ)

8h às 17h

Fac. de Medicina

23 Inst. de Saúde Coletiva

(Prédio anexo – HUAP)

R. Marques do Paraná, 303,

Centro, Niterói – RJ)

8h às 17h

Inst. de Saúde Coletiva

24 Esc. de Enfermagem

R. Dr. Celestino, 74, Centro, Niterói, RJ

08 às 18h Esc. de Enfermagem
25 Fac. Farmácia

R. Dr. Mário Viana, 523 – Stª Rosa, Niterói – RJ

09 às 18h Fac. Farmácia
26 Fac. Veterinária

R. Vital Brasil Filho, 64

V. Brasil, Niterói – RJ

09 às 18h Fac. Veterinária
27 IACS (Inst. de Arte e Comunicação Social)

R. Prof. Lara Vilela, 126 –

S. Domingos, Niterói

10 às 19h IACS
28 Fac. de Direito I

(R. Pres. Pedreira, 62, Ingá, Niterói, RJ)

10h às 20h Fac. de Direito I
29 Fac. de Direito II

(R. Tiradentes, 17, Ingá, Niterói, RJ)

10h às 20h Fac. de Direito II
30 Reitoria

(R. Miguel de Frias, 9, Icaraí, RJ)

09 às 17h Reitoria
31 COLUNI

Colégio Universitário Geraldo Reis

R. Alexandre Moura – S. Domingos,

Niterói – RJ

10h às 17h COLUNI

Colégio Universitário Geraldo Reis)

32 Inst. do Noroeste Fluminense de Educ. Superior

(Santo Antonio de PÁDUA)

Av. João Jasbick, s/nº,

Aeroporto, Stº Antonio de Pádua, RJ

10h às 20h Inst. do Noroeste Fluminense de Educ. Superior

(Santo Antonio de PÁDUA)

33

Inst. de Ciências da Soc. e Desenvol. Regional (Campos dos Goytacazes)

(R. José do Patrocínio, 71,

Centro, Campos dos Goytacazes)

10h às 20h

Inst. de Ciências da Soc. e Desenvol. Regional (Campos dos Goytacazes)

34

Inst. de Educação Angra dos Reis

(Av. do Trabalhador, 179,

Jacuecanga, Angra dos Reis, RJ)

14h às 20h

Inst. de Educação Angra dos Reis

35 Fac. de Odontologia - Nova Friburgo

R. Dr. Silvio Henrique Braune, 22, Centro,

Nova Friburgo, RJ

10h às 20h Fac. de Odontologia - Nova Friburgo

36 Volta Redonda – Aterrado

R. Des. Elis Hermydio Figueira, 783,

Campus do Aterrado,

Volta Redonda, RJ

10h às 20h Volta Redonda – Aterrado

37

Volta Redonda – Vila

Av. dos Trabalhadores, 420,

Stª  Cecília, Volta Redonda, RJ

10h às 20h

Volta Redonda – Vila

38 Inst. de Ciência e Tecnologia /

Inst. de Humanidades e Saúde

PURO – Polo Universitário de

Rio das Ostras

R. Recife, s/nº, Jardim Bela Vista,

Rio das Ostras, RJ

10h às 20h Inst. de Ciência e Tecnologia /

Inst. de Humanidades e Saúde

PURO

Polo Universitário de

Rio das Ostras

39 MACAÉ

Inst. de Ciências da Sociedade

R. Aloizio da Silva Gomes, 50,

Granja dos Cavaleiros, Macaé, RJ

10h às 20h MACAÉ

Inst. de Ciências da Sociedade

40

IACS II

(Gragoatá)

Bloco A

10h às 20h

IACS II

(Gragoatá)

Bloco A

Da Redação da Aduff-SSind
Foto: Luiz Fernando Nabuco - Aduff-SSind - Detalhe da assembleia realizada no último dia 28 de abril

Congelar salários e não conceder vantagens (licenças, gratificações, progressões), reajustes ou adequações de remunerações a qualquer título; suspender a realização de concursos públicos; aumentar as alíquotas de contribuição previdenciária; instituir o regime de previdência complementar; reformar o Regime Jurídico Único dos servidores; ampliar os cortes no orçamento social para a manter o pagamento da dívida pública e incentivar programa de demissão voluntária são algumas das medidas que integram o Projeto de Lei Complementar - PLP 257/16. A proposta é de autoria do Executivo e afeta diretamente os servidores públicos, em âmbitos municipal, estadual e federal. Tramita com urgência na Câmara dos Deputados e deve ser votada logo nos primeiros dias de maio; depois será encaminhada ao Senado. O PL 257/16, um dos projetos de lei que ameaçam os direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores, foi debatido na assembleia dos docentes da UFF, realizada na tarde dessa quinta (28).

A plenária aprovou encaminhar o teor desse documento à Assessoria Jurídica da Aduff-SSind para análise e, posteriormente, publicizar material informativo à comunidade, bem como organizar e divulgar a agenda de mobilização contra essas medidas que integram o 'Pacote de Reforma Fiscal' defendido pelo Ministro da Fazenda Nelson Barbosa.

Esse pacote compõe a política de austeridade fiscal do governo federal, que, para aumentar a arrecadação da União e garantir o pagamento dos juros da dívida, pretende asfixiar ainda mais o funcionalismo público e se desresponsabilizar de sua agenda social, reduzindo, principalmente, os investimentos em Saúde e em Educação públicas. O referido Projeto de Lei foi definido, por Victor Leonardo Araújo, professor da Faculdade de Economia da UFF, como “pacote completo de maldades” contra os trabalhadores. Ele e Gustavo Gomes – professor do Serviço Social, dirigente da Aduff-SSind e candidato à presidência da seção sindical para o biênio 2016-2018 – elaboraram apresentação crítica, sistematizando os principais aspectos do PL 257. Ambos relacionaram as propostas do governo à conjuntura de crise econômica e à agenda internacional que atende aos ditames da reforma do Estado.

A cobertura completa do debate poderá ser lida na próxima edição do jornal da Aduff-Ssind, que circula na primeira semana de maio. Acompanhe!

Evento começa às 18h30 e  faz parte das atividades do 1° de Maio

Vencedor do Queer Palm, no Festival de Cannes, em 2015, também recebeu o prêmio de Melhor Filme Britânico Independente e venceu na categoria de melhor filme de estréia de um escritor, diretor ou produtor britânico na premiação organizada pela British Academy Film Awards. Também foi indicado ao Globo de Ouro por Melhor Filme de Comédia ou Musical, no mesmo ano.

"Pride" ( que quer dizer orgulho, em inglês) é baseado em uma história real de um grupo de ativistas formado por gays e lésbicas de Londres que arrecada dinheiro para ajudar a greve nacional dos mineiros de carvão, em 1984, no Reino Unido. Fortemente reprimidos pela mão de ferro do governo Thatcher, os trabalhadores e suas famílias passavam enormes dificuldades financeiras. A campanha "Gays e lésbicas apoiam os mineiros" cresce rapidamente, mas enfrenta resistência do sindicato nacional dos trabalhadores, que reluta em aceitar a ajuda do grupo. Os ativistas decidem, então, levar as doações diretamente para uma pequena vila de mineiros, no País de Gales.

Saiba mais em: https://www.facebook.com/events/227767804253235/

Coquetel de lançamento acontece no dia 11 de maio (quarta-feira), às 18h, na sede da Aduff-SSind (Rua Prof. Lara Vilela, 110, São Domingos- Niterói)

A publicação é fruto do projeto "Memórias da Ditadura na UFF", criado em outubro de 2013 como parte integrante do Grupo de Trabalho de História do Movimento Docente (GTHMD) da Aduff-SSind, sob coordenação de Wanderson Melo e contribuição de Rafael Vieira. O trabalho que resgata a história de resistência dos professores da UFF traz uma pesquisa com documentação extensa, incluindo a lista dos professores cassados durante a ditadura civil-militar no Brasil.

A iniciativa para a realização do trabalho se deu a partir das orientações dos congressos do ANDES-SN, com a intenção de buscar a experiência e a realização dos professores independente do capital privado e do governo. “O governo Dilma chamou a Comissão Nacional da Verdade, mas a sua composição foi alheia a militância histórica dos movimentos sociais e dos movimentos de vítimas de tortura, além de ter adotado uma linha de conciliação nacional, num contexto em que o Brasil é um dos poucos países da América Latina que não tem nenhum torturador preso. Por isso, nós buscamos um outro caminho”, ressaltou o professor do Wanderson Melo, durante o lançamento do caderno “Ditadura e Resistências – A Rebeldia dos professores da UFF: do golpe de Estado à Formação da Aduff-SSind”, na plenária de abertura do 35° Congresso do ANDES-SN, realizada em Curitiba-PR, em janeiro deste ano.

De acordo com Wanderson, promover a discussão sobre a história do movimento docente e resistência na ditadura também significa engajar-se numa luta pela memória, resgatando temas e reivindicações importantes como a liberdade de ensinar, a defesa e consolidação do espaço democrático na universidade, a luta contra a privatização e outras pautas, que nasceram como resposta dos docentes a esse período tão obscuro da história do país. “A luta para garantir a memória é para garantir o presente e o futuro. Porque a certeza da impunidade faz com que os agentes do estado continuem a cometer crimes”, disse à época.

Com o tema “Universidade e conjuntura: desafios atuais”, evento será realizado na próxima quarta-feira (04), às 18h30, no auditório do Instituto de Economia da UFF (Bloco F- Gragoatá)

DA REDAÇÃO DA ADUFF

“A conjuntura demonstra que no próximo período teremos que estar ainda mais unificados, fortalecendo as seções sindicais e o ANDES-SN, para fazermos os enfretamentos contra o governo federal e os governos estaduais na luta contra a retirada de direitos. O debate é um convite para pensarmos em saídas coletivas para a atual conjuntura e avançarmos nas reflexões e estratégias de luta”, ressalta a professora da Escola de Serviço Social da UFF, Eblin Farage, que é candidata à presidência do ANDES-SN pela chapa “Unidade na Luta”, única inscrita para disputar o pleito durante o 35º Congresso do sindicato nacional, realizado em janeiro desse ano, em Curitiba.

Farage compõe a mesma ao lado de Gustavo Gomes, candidato a presidência da Aduff-SSind pela chapa “Democracia e Luta, em defesa dos direitos sociais, do serviço público e da democracia interna”.

“Vivemos um momento em que as propostas postas pelo atual governo e pelo que pode ser um futuro governo jogam a conta da crise para os trabalhadores, em especial para os servidores públicos federais, com o PLP 257/16 – enviado pelo executivo ao Congresso – que prevê aumento das contribuições previdenciárias, redução da folha de pagamento e demissões voluntárias, entre outras. Nesse período de eleições, é essencial destacar a importância da mobilização e organização dos trabalhadores em defesa dos serviços públicos”, avalia Gustavo.

O debate organizado pelas duas chapas também abordará questões internas da Universidade Federal Fluminense. “A discussão sobre democracia que está sendo pautada em diferentes esferas no país também tem que chegar à universidade. A maneira como foi discutida e deliberada a transferência do Hospital Universitário Antonio Pedro para a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) evidencia a falta de democracia interna dentro da UFF. É fundamental trazer ao debate questões como atualização do estatuto da universidade e liberdade sindical dos trabalhadores na UFF para que eles possam disputar um projeto de sociedade e universidade, em defesa da manutenção dos serviços públicos de educação e saúde, que atendem a maioria da população”, complementa o candidato a presidência da Aduff-SSind.

Votação

As eleições para a próxima direção da Aduff-SSind, do ANDES-SN e do Conselho de Representantes da entidade sindical acontecem simultaneamente, nos dias 10 e 11 de maio, em todos os campi da UFF, em locais designados pela Comissão Eleitoral (CE). Todos os eleitos estarão à frente de seus cargos para o biênio 2016/2018.

São eleitores todos os docentes da UFF filiados à ADUFF que se sindicalizaram até o dia 15 de março de 2016. De acordo com o Regimento Eleitoral, a identificação do eleitor será feita mediante qualquer documento de identidade. Vale ressaltar também que cabe à Comissão Eleitoral compatibilizar os horários para votação com os horários de funcionamento da unidade ou departamento onde funcionarão as seções eleitorais. O mapa com os horários e locais das urnas será divulgado em breve pela CE.

Saiba mais sobre o debate em: https://www.facebook.com/events/1703891426495320/

" Contra oS ajuste fiscais do PT, PMDB E PSDB; contra o impeachment e em apoio à luta dos servidores estaduais". Esse é o motE do ato em comemoração ao Dia do Trabalhador - 1° de maio, que será realizado a partir das 15h do domingo, no Parque Madureira. Participam da organização do evento Aduff-SSind, Asduerj, Adunirio e Andes-RJ.

Confira abaixo o texto de convocação para o evento:

A vida do povão está cada vez mais difícil. Os preços dos alimentos nas alturas, salário insuficiente para as despesas, contas cada vez mais caras e a piora de toda essa realidade com desemprego e a retirada de direitos aumentando. Isso tudo são os reflexos dos governos do PT/PMDB em acordos com o agronegócio, os banqueiros e os empresários. Eles governam para seus interesses e os trabalhadores sofrem! Agora temos mais um Projeto de Lei do Governo Federal, o PL 257, que vai retirar mais direitos dos servidores. Temos que barrar este Projeto!
Como se já não bastasse a vida nada fácil, a direita mais raivosa, preconceituosa e intolerante do país impulsiona um impeachment para derrubar um governo democraticamente eleito e com isso colocar um presidente de mentira, o ladrão do Cunha como vice, abafar todos os casos de corrupção que seus deputados estão envolvidos e arrebentar ainda mais com os trabalhadores. Devemos dizer não ao impeachment!
Contra todos esses brutais ataques, diversas organizações de oposição de esquerda ao governo e a direita tradicional estão convocando, através de uma Frente de Esquerda Socialista, a construção de um 1º de Maio que aponte todas as saídas pela esquerda e para o fortalecimento dos direitos e conquistas dos trabalhadores. Que essa data, seja palco das diversas categorias que lutam com greves e contra a perda de direitos! Que seja um espaço para os estudantes que promovem ocupações históricas nos colégios estaduais de nossa cidade.
Pensamos que está mais do que na hora de o subúrbio da nossa Cidade ser protagonista das lutas e das resistências do nosso povo, afinal a população que mais trabalha, que tem a maioria de mulheres, negros e em boa parcela sofrendo muito com a crise e com a violência constante da polícia, são os que mais sofrem e resistem diariamente. São por esses motivos que o 1 de Maio será em Madureira, com a presença de lideranças comunitárias, artistas, camelôs, desempregados e trabalhadores que desejam a unidade nas lutas e um futuro melhor.

- Por Emprego e Moradia!
- Por Saúde e Educação Públicas!
- Por um Transporte Público e de Qualidade!
- Contra o Extermínio da Juventude Negra!
- Contra o racismo, o machismo e a homofobia!
- Contra os Ajustes Fiscais de Dilma/PT e Pezão/PMDB.
- Contra o PL 257!
- Contra o Impeachment da direita reacionária!
- Por uma alternativa dos trabalhadores e da juventude!
- Em apoio à luta dos servidores públicos estaduais, contra os ataques de Pezão/Dornelles!
- Em apoio às ocupações das escolas!

Confirme presença no evento e saiba mais em : https://www.facebook.com/events/1057560194300863/

A Aduff-SSind convida todos os docentes da Universidade Federal Fluminense (UFF) a participarem da assembleia geral da categoria que acontece na quinta (28), às 15h, no auditório do Bloco E, no campus do Gragoatá. Confira a pauta e participe!

Pautas:

1  Debate sobre PLP257/16, que trata do ajuste na carreira dos SPF, demissão voluntária, aumento das contribuições previdenciárias entre outros. Debatedores:  Gustavo Gomes (Escola de Serviço Social) e Victor Leonardo Araujo (Faculdade de Economia)

2 - Impactos da crise na universidade
3 - Atividades do 1° de Maio
4 - Outros assuntos
Protestos também tiveram a participação de servidores federais; ocupação da Secretaria de Fazenda do Estado do Rio exigia pagamento de salários de aposentados
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho
Por cerca de 12 horas, em torno de cem servidores estaduais ocuparam o 19º andar da Secretaria de fazenda do Estado do Rio, onde se localiza o gabinete do secretário estadual de Fazenda, Julio Cesar Carmo Bueno. Exigiam que o governo revisse a sua decisão de não pagar os salários de aposentados e pensionistas que recebam acima de R$ 2 mil este mês. A resposta do governo não foi sutil: por volta das 2h30min da madrugada desta sexta-feira (15), soldados do Batalhão de Choque invadiram o prédio, na av. Presidente Vargas, para desocupá-lo.
Os servidores concordaram em deixar o local para que não houvesse conflito. Com os elevadores desligados, desceram 19 andares pela escada, observados pelos policiais  posicionados a cada andar. Cantavam e batiam palmas e, alguns lances antes de chegar ao térreo, deram-se as mãos.
Os manifestantes – a maioria servidoras estaduais da educação, em greve – ocuparam a secretaria pouco depois das 14h da quinta-feira (14). A única reivindicação: o pagamento dos  aposentados e pensionistas – o governador em exercício, Francisco Dornelles, decidiu que os salários referentes a março só serão depositados no dia 12 de maio.
O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Edson Albertassi (PMDB), esteve no local e tentou mediar uma possível reunião com secretários de governo, mas o Palácio Guanabara condicionou qualquer conversa à desocupação do prédio. Não houve acordo.
A ocupação transcorreu sem danos ao patrimônio, ao contrário do que o governo chegou a divulgar – e que foi desmentido em imagens feitas por cinegrafistas e fotógrafos. A decisão do governador de mandar o Batalhão de Choque deixou os servidores indignados.
Ao descer as escadas, cantaram tradicional canção dos protestos populares: “O povo unido é povo forte/Não teme a luta, não teme a morte/ Avante companheiro que essa luta é minha e sua/unidos venceremos e a greve continua”. “Ocupamos para exigir o pagamento dos aposentados e pensionistas. Covardemente, o governo mandou desocupar o prédio. Às 2 horas da manhã, o Choque invadiu. Éramos cem nossos da ocupação. Descemos as escadas cantando, de cabeça erguida. A tesão [foi] grande, mas seguimos firmes na luta”, postou nas redes sociais a servidora Cíntia Teixeira, servidora da saúde estadual e integrante do Fórum de Saúde da CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular).
Dia de mobilização também dos federais
A ocupação da Secretaria de Fazenda fez parte de um dia de protestos que uniu servidores estaduais e federais no Rio. Trabalhadores de diversos setores saíram em passeata, à tarde, da Assembleia Legislativa (Alerj) até a Sefaz. “A caminhada foi emocionante, o povo na rua aplaudindo, fotografando e filmando”, comentou a servidora da saúde estadual Jeane, do Hospital Estadual Azevedo Lima, que está em greve.
O servidor Camilo de Jesus, do INSS de Engenheiro Trindade, em Campo Grande, que participou do ato, acompanhou em vigília,em frente ao prédio, a ocupação da secretaria. Para ele, o que ocorre agora com os servidores do estado é parte de um contexto mundial, no qual direitos dos trabalhadores estão sendo retirados para manter a margem de lucro dos grandes empresários capitalistas. E os servidores federais, alerta, não estão alheios a isso. “Vamos esperar o corte de salários ou vamos nos mobilizar já, unificando com a luta dos servidores estaduais”, indagou.
O professor do CPII Tarcísio Motta disse que estava ali como cidadão e como ex-professor da rede estadual de ensino. “É um absurdo que Dornelles e Pezão tenham deixado os aposentados sem condições de sobreviver, é uma covardia desse governo”, disse.

Secretaria está ocupada por servidores da educação; federais, em menor número, participam da vigília em frente ao prédio; comissão de parlamentares entrou no prédio

DA REDAÇÃO DA ADUFF

Servidores ocupam a Secretaria da Fazenda do Estado do Rio e pressionam o governo a negociar com o funcionalismo, em greve contra os atrasos nos salários, as ameaças sobre direitos trabalhistas e previdenciários e a falta de verbas para os serviços públicos. Aposentados, que por determinação do governador em exercício, Francisco Dornelles (PMDB), só vão receber o pagamento de março em maio, também participam do ato.

A única reivindicação da ocupação é que as aposentadorias e pensões sejam pagas. “Não poderíamos nos ausentar dessa luta. Não vamos sair daqui sem essa negociação, a ocupação é fundamental para que a gente pressione, para chamara atenção da população”, disse Lívia de Oliveira, professora do Colégio Estadual Baltazar Bernardino, em Niterói, que participa da ocupação.

Por volta das 19h20, uma comissão de parlamentares foi autorizada a subir para verificar a situação dos manifestantes e tentar mediar possíveis negociações – mas acabou não tendo acesso ao 19º andar. “É um gesto autoritário que só vai elevar a tensão”, disse, pouco antes, o deputado estadual Flávio Serafim (PSOL), um dos parlamentares que estão no local. Às 20h15, finalmente a entrada da comissão parlamentar foi permitida. O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Edson Albertassi (PMDB), integrava a comissão.

Não houve acordo, porém, na tentativa de mediação. O governo condicionou o recebimento de uma comissão formada pelos manifestantes à desocupação do espaço. Os servidores propuseram que a comissão fosse recebida primeiro e, a depender do resultado, definiriam ou não pela saída. O governo manteve a posição inicial. Os manifestantes fizeram uma assembleia e por ampla maioria decidiram permanecer no local pelo menos até às 13 horas desta sexta-feira (15).

Ocupação

O 19º andar do prédio foi ocupado por volta das 14 horas desta quinta-feira (14), quando também houve passeata com trabalhadores de diversas áreas dos serviços públicos estaduais e federais. Dezenas de servidores se encontram no interior do prédio, parte deles aposentados. No pátio da entrada e do estacionamento, mais de uma centena também participava da ocupação. Alguns dos aposentados, mais velhos, já deixaram o local. Foram recebidos com festa pelos servidores que estavam do lado de fora.

Foi o caso de Jurandir de Oliveira, o Didi, de 81 anos, técnico-administrativo aposentado da Uerj. Ele disse que tudo transcorreu com tranquilidade ao longo das cerca de cinco horas em que participou da ocupação e que não houve danos ao patrimônio. “O que eles disseram foi mentida, mas tiveram que desmentir”, disse sobre informação, divulgada pelo governo, de que os manifestantes haviam quebrado coisas no prédio. “Eles fazem o que querem, tem dinheiro para Supervia, tem dinheiro para o Maracanã, só não tem para os aposentados”, disse à reportagem. Aos que, mesmo em receber salário, seguem em casa, deu um recado: “Tem que vir para cá, para luta e [não] ficar em casa sem comida”, disse.

Como os elevadores foram desligados, Jurandir e outros aposentados tiveram que descer os 19 andares a pé, pela escada. Houve um momento em que a luz e a água também foram cortadas, mas, depois, após negociação, foram restabelecidas.

Segundo o servidor do INSS Luiz Fernando Carvalho, que acompanhava a manifestação desde o início da tarde, o clima esteve tenso na ocupação por determinado momento, quando policiais militares fizeram movimentos que poderiam sinalizar uma invasão. Depois, porém, o clima ficou tranquilo, embora dezenas de policiais permaneçam no prédio.

DA REDAÇÂO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho (texto) e Luiz Fernando Nabuco (fotos)
Foto: Ocupação e manifestação dos servidores no Rio, na quinta-feira (14)

Com informações do ANDES-SN
Foto: ANDES-SN

Representantes de diversas categorias dos serviços públicos federais, estaduais e municipais se reuniram em frente ao Ministério da Fazenda, na manhã desta quinta (14), em Brasília, para protestar contra o projeto de lei PLP 257/16, que afeta os servidores das esferas federal, municipal e estadual. O projeto de lei complementar tramita em regime de urgência e pode levar ao congelamento de salários, suspensão dos concursos públicos, não pagamento de progressões e outras vantagens (como gratificações), revisão dos Regimes Jurídicos dos Servidores, elevação das alíquotas previdenciárias, privatizações, venda de bens públicos e aumento da precarização e da terceirização dos serviços públicos ofertados à população.

No período da tarde, os servidores públicos federais, estaduais e municipais realizaram reunião unificada para construir um calendário de lutas contra o PL. A atividade aconteceu no Hotel Nacional.  “A ideia do ato era dar visibilidade ao PL 257, que agride o funcionalismo público sobremaneira e precariza muito o nosso trabalho. É uma grande ameaça. Ele foi o pontapé das mobilizações, a ideia é continuar organizado para intensificar a luta”, afirmou a diretora da Aduff-SSind, Elizabeth Barbosa, que participou do ato e da reunião dos SPF com outros 8 professores da Universidade Federal Fluminense.

Reunião com Berzoini

Na tarde de terça-feira (12), representantes das oito centrais sindicais se reuniram com o ministro-chefe da Casa Civil, Ricardo Berzoini, para pressionar pela retirada do projeto da pauta da Câmara dos Deputados. Segundo Paulo Barela, que representou a CSP-Conlutas no encontro, o governo manobra para ganhar tempo. “O ministro abriu a reunião informando que concordou em realizar a reunião com as Centrais Sindicais, mas que não está em discussão a retirada do PLP/257 da pauta do Congresso, ou seja, o governo reafirma que quer aprovar esse projeto”, contou Barela.

Ainda de acordo com o dirigente da CSP-Conlutas, na reunião, o ministro registrou que o centro do projeto é o “alongamento da dívida dos estados”, alertando que é preciso que a sociedade entenda que esse procedimento levará a um déficit fiscal nos primeiros anos, mas que tende a se estabilizar em um período de quatro a cinco anos. O governo quer a aprovação do projeto usando o argumento de que as despesas da União se justificariam, pela “relevância do interesse social”. Considerando esses elementos, Berzoini admite a possibilidade de “separar” os itens de condicionalidades para aplicação do plano que envolvem os trabalhadores, qual seja sobre salários, previdência, salário mínimo, concurso público, dentre outros.

Segundo Barela, o ministro reconheceu que o momento político exige do governo uma maior reflexão sobre esses itens do projeto, porém, não assumiu a retirada dos dispositivos, mas apenas a perspectiva, ou possibilidade, de desmembramento desses em relação ao conjunto do projeto. “Nada definitivo”, ressaltou.

Tramitação

O PLP 257/2016, de autoria do Executivo, tramita em caráter de urgência constitucional e, por isso, deve ser votado até o dia 6 de maio e encaminhado ao Senado, que terá mais 45 dias para apreciar a proposta que traz uma série de ataques aos direitos dos trabalhadores. O PLP faz parte do pacote de ajuste fiscal iniciado pelo governo, no final de 2014. As medidas, que buscam manter o pagamento de juros e amortizações da dívida ao sistema financeiro e aumentar a arrecadação da União, atingem diretamente o serviço público e programas sociais. A manifestação coincide com o dia nacional de mobilização convocado pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais contra o PLP 257/2016, que tramita sob regime de urgência na Câmara dos Deputados (PLP 257/2016) e é considerado o mais duro ataque aos serviços públicos e ao funcionalismo dos últimos anos.

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