Nov
28
2016

Ato contra a PEC que ameaça serviços públicos defende unidade para deter retirada de direitos

Manifestação reuniu trabalhadores dos setores públicos e privados, estudantes e movimentos sociais; manifestação pelo fim da violência contra as mulheres se juntou ao ato

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho
fotos: Manifestação contra a PEC 55 (241) - crédito: Zulmair Rocha

É provável que uma das palavras mais mencionadas nos discursos que permearam a manifestação contra a ‘PEC do fim do mundo’, nesta sexta-feira (25), no Rio, tenha sido ‘unidade’. O protesto que também questionou as chamadas contrarreformas do governo Temer e o pacote de projetos enviado pelo governador Luiz Fernando Pezão ao legislativo teve a participação de docentes, estudantes e técnicos-administrativos da Universidade Federal Fluminense.

A defesa da unidade do conjunto dos servidores, trabalhadores de setores privados, estudantes e movimentos sociais quase sempre esteve acompanhada da constatação de que, só assim, mobilizados e juntos, é possível deter os governos de Michel Temer, em âmbito nacional, e Pezão, na esfera estadual. Ambos integram o mesmo partido, o PMDB, do ex-governador Sérgio Cabral, preso em Bangu sob acusação de liderar quadrilha que rapinou os cofres do estado.

Os manifestantes começaram a se concentrar para a manifestação por volta das 17 horas, na Candelária. Mas a passeata acabou só saindo em direção à Assembleia Legislativa, percorrendo parte da av. Rio Branco, em torno das 19 horas. Vinte minutos depois, a caminhada se encontrou com outra passeata, vinda do Largo da Carioca, referente ao dia internacional de combate à violência contra as mulheres.

A participação de servidores no ato, que reuniu mais de duas mil pessoas, foi expressiva. O protesto marcou, no Rio, o dia nacional de mobilização contra a PEC 241 (55), que congela o orçamento dos serviços públicos por 20 anos, e as reformas que o governo federal quer aprovar que reduzem direitos trabalhistas, previdenciários e sociais.

A manifestação foi encerrada por volta das 20h30, com o ato público em frente ao Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa – cercada por policiais militares. Novas manifestações ocorrem no dia 29 de novembro, terça-feira que vem, quando está prevista a apreciação da PEC 241 (55) no Plenário do Senado Federal, em primeiro turno. Nesta data, caravanas de várias partes do país devem chegar à capital federal para o ato ‘Ocupa Brasília’, entre elas a da Aduff-SSind.