Out
24
2016

Após concentração nas barcas, comunidade da UFF segue para ato contra PEC 241 na Candelária

No Dia de Luta conta a PEC 241, três segmentos dizem não a redução de investimentos no setor público

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Aline Pereira
Foto: Luiz Fernando Nabuco/Aduff-SSind.

Na tarde dessa segunda-feira (24), "Dia de Luta contra a PEC do Fim do Mundo", professores, técnicos-administrativos e estudantes já começam a chegar para a concentração, em frente as Barcas, no centro de Niterói. Eles vão formar um grande grupo, representando a comunidade da Universidade Federal Fluminense, no ato que acontece logo mais, a partir das 17h, na Candelária. A passeata tem como objetivo protestar contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/16, que limita por 20 anos as despesas da União com investimentos em serviços públicos essenciais, como educação e saúde, corrigindo-os somente pela inflação do período.

Dados divulgados pela administração da UFF apontam que, em dez anos, a Universidade Federal Fluminense teria perdido R$ 810 milhões se a PEC 241 estivesse em vigor.

Pela manhã, os três segmentos realizam uma série de atividades contra a PEC nos campi da UFF de Niterói, com panfletagem e ato nos jardins da reitoria. "Houve bastante receptividade aos professores nos campi do Valonguinho e do Gragoatá. A tarde, realizamos um debate na Educação Física, discutindo o impacto da PEC para a sociedade e ainda a reforma do ensino médio - 746/2016", contou a professora Adriana Penna, docente da UFF em Santo Antônio de Pádua e diretora da Aduff-SSind, ao resumir as primeiras atividades do dia.

De acordo com a docente, o ato de hoje, no centro do RJ, tem como objetivo alertar a sociedade para os prejuízos que virão com a aprovação da PEC. "Essa medida representa um retrocesso na vida da classe trabalhadora; é a negação de todas as conquistas históricas que obtivemos ao longo dos anos", disse.

Para Adriana Penna, a data de hoje, 24 de outubro - "Dia de Luta contra a PEC do Fim do Mundo" - pode fortalecer a unidade de diferentes setores da sociedade em prol de uma greve geral no país. "Essa perspectiva é a principal chave para conter os ataques do atual governo", afirmou.