Set
29
2016

“Não aceitaremos retiradas de direitos”, diz presidente da Aduff durante curso do Niep-Marx/UFF

Atividades do grupo de pesquisa interdisciplinar vão abordar conjuntura que retrocede em relação aos direitos trabalhistas e sociais; ações integram dia nacional de paralisação

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Aline Pereira
Foto: Luiz Fernando Nabuco/Aduff-SSind

No 'Dia Nacional de Paralisações" (29), o presidente da Aduff-SSind, Gustavo Gomes, fez uma intervenção em um mini-curso “O Livro I e a crítica da Economia Política: o processo de produção de 'O Capital', ministrado por Marcelo Dias Carcanholo e João Leonardo de Medeiros, pesquisadores do 'Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas sobre Marx e o Marxismo (NIEP-Marx)'. As atividades do dia de hoje foram incorporadas ao calendário de mobilização da UFF.

Segundo Gustavo, os atrasos nas obras, o corte de bolsas de discentes e docentes, a falta de condições de trabalho fazem parte da realidade da comunidade universitária e deve ser articulada ao que acontece na conjuntura nacional, que se agrava com a retirada de direitos, com saúde e educação sendo pensadas pelos governantes não como obrigação do estado, mas como mercadoria.

“Estamos diante de um processo que pretende institucionalizar a crise que vivemos, com a redução de investimentos por 20 anos no setor público. Se estabelece um estado policialesco, repressor, com o controle da ordem pública – estado de exceção e de criminalização dos movimentos populares. A paralisação não é só dos docentes, mas de várias outras categorias, que pretendem fazer um grande dia de greve geral, mais adiante, envolvendo setores como educação, saúde, transporte público e bancos. É a forma de dizer que não aceitaremos a retirada de direitos. Fora Temer. Nenhum direito a menos”, disse o professor.

A noite, a partir das 18h30, acontece a aula-plenária "Estado Moderno, capital e classe dominante", com os professores Paulo Henrique de Araújo (UFF) e Felipe Demier (UERJ), que também vai abordar a conjuntura atual brasileira e os motivos que levaram várias categorias de trabalhadores a paralisarem no dia de hoje.