Mar
28
2018

Greve em defesa da Previdência leva multidão às ruas e Prefeitura de SP recua

 

Vitória dos servidores paulistas ao suspender tramitação de projeto fortalece luta nacional contra projetos e medidas que atacam direito á Previdência

 

Manifestação em São paulo, na terça-feira,  dia 27 de março, quando o governo anunciou a suspensão da tramitação Manifestação em São paulo, na terça-feira, dia 27 de março, quando o governo anunciou a suspensão da tramitação / Reprodução internet

DA REDAÇÃO DA ADUFF

A Câmara dos Vereadores de São Paulo recuou diante da forte mobilização dos servidores públicos municiais, em uma derrota do prefeito João Dória (PSDB) na tentativa de aprovar uma mini reforma da Previdência na mais populosa cidade do país.

A vitória dos servidores paulistas teve repercussão nacional e corrobora com a luta de todo o funcionalismo contra a PEC da Previdência e as medidas que reduzem os salários ao majorar o percentual de desconto previdenciário.

O projeto de lei que aumenta a alíquota previdenciária de 11% para 14% foi retirada de pauta por pelo 120 dias. O anúncio foi feito pela Presidência da Câmara na terça-feira (27), num dia marcado pelo maior ato do funcionalismo desde o início da greve, que durou 20 dias e foi encerrada após o recuo do governo.

 A av. Paulista ficou tomada de manifestantes, há quem avalie em mais de 100 mil pessoas, que viram o apoio da população à luta da categoria crescer ao longo da paralisação e de forma mais intensa após a violenta repressão da Guarda Municipal e da Polícia Militar ao movimento. Na manhã do dia 14 de março, professoras e professores, entre outros setores do funcionalismo municipal, foram agredidos durante manifestação na Câmara – o que resultou em muitos feridos.

 A Aduff divulgou nota na qual se solidariza com os servidores municipais de São Paulo e repudia a violenta agressão a um protesto pacífico e legítimo. "A Aduff-SSind repudia a ação truculenta das policias, por determinação do governador Geraldo Alckmin e do prefeito João Dória, ambos do PSDB, e da segurança privada do Legislativo", diz trecho da nota, que ressalta que a pauta em disputa deve unir todos os trabalhadores:

"A luta dos servidores municipais de São Paulo é a mesma dos servidores federais e do conjunto da classe trabalhadora desse país: barrar a PEC da Previdência e os projetos que corroboram com essa contrarreforma, entre os mais brutais ataques a direitos dos trabalhadores já vistos na história do Brasil".

DA REDAÇÃO DA ADUFF

Manifestação em São paulo, na terça-feira,  dia 27 de março, quando o governo anunciou a suspensão da tramitação Manifestação em São paulo, na terça-feira, dia 27 de março, quando o governo anunciou a suspensão da tramitação / Reprodução internet

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